TPM, mulher louca e presente

Ontem recebi o presente da mamãe. Além dos livros que minha prima trouxe daquela vez, chegou uma caixa enorme. A minha bolsa DIVINA da Iódice e mais uma preta, um monte de Boa Forma, Corpo a Corpo e apetrechos brasileiros pra fazer a vida mais feliz: itens de manicure e tempero baiano. Só mamis mesmo. Só mamis pra mandar matéria de revista arrancada que eu poderia gostar de ler.
Além disso veio um presentinho mega especial da minha amiga, Ligião. Amei, chuchu, obrigada mesmo, viu!
Só não veio o Billy. Dava tudo pra abrir a caixa e dar de cara com ele…

Tô numa TPM do cão. E essas semanas tem sido complicadas no trabalho. Contrataram uma mulher em experiência, por volta de uns cinquenta e poucos anos, e a mulher me tira do sério. Ela é meio louca, fala uns papos do além, me lembra até a avó do David. Além disso, tem um temperamento totalmente bipolar, umas crises de raiva que me davam medo. E passa o dia reclamando e reclamando que mandem nela, não tem a menor habilidade de serviço ao consumidor. E eu tentando ser super educada, delicada, fico pensando na minha mãe que também trabalha e não quero imaginar que a tratem mal.
A minha gerente colocou ela comigo direto porque acha que eu sou a mais paciente. Pô, e eu tenho que ser punida por ser paciente? Enfim, minha paciência teve limite.
Chegou segunda-feira e a minha gerente me perguntou como estava sendo trabalhar com a mulher. Eu desabei e contei tudo. Me senti péssima, não queria ser responsável por alguém perder o emprego, mas as minhas colegas de trabalho diziam que eu era a única que podia contar o que estava rolando.
Ontem mandaram ela embora. Eu fiquei meio mal, mas ao mesmo tempo não fui eu quem fez todas as cagadas dela. E sinto um aliviozinho por não ter mais nenhuma shift com uma pseudo-avó-do-David (Gente, de loucura humana eu tive enough! Que o diga quem acompanhava o blog em 2005…)

E posso falar? Dá uma deprêêê ler Boa Forma e Corpo a Corpo aqui…
1 – Todo mundo bronzeado e saudável.
2 – Dietas com almoço decente (coisa impossível deste lado).
3 – Tratamentos estéticos (saudades gigantes disso).
4 – Dicas de salão que não custam em libras.
5 – Manicure, pedicure, depilação.
6 – Fotos do povo correndo de shorts.

Eu morro de saudades da Andréa, minha esteticista. Odeio não fazer minhas massagens semanalmente. Me fazia um bem danado.

A TPM continua, obrigada. Ando dando umas patadas em algumas pessoas (me desculpem, se a carapuça servir). É puramente hormonal.

Aviso

Já disse aqui uma vez que nem sempre o que escrevo é o que sinto ou o que acontece comigo. Tenho alguma coisa de psicografia, às vezes tenho que escrever algo que não tem nada a ver mesmo. E a categoria “Contos, crônicas e ladainhas” é principalmente um lugar de ficção. Como ainda tem gente achando que eu só escrevo o que se passa comigo, vou começar a colocar os textos em formatação diferente! Assim vocês não se confundem! 😉

And I´ll be there waiting for you

Sempre haverá alguém esperando por você, onde quer que você esteja. Um pai, uma mãe, um amor, um filho, um amigo. E essa é a melhor certeza da vida.

Obrigada, Mônica

Só queria um tiquinho daqui pra agradecer publicamente ao comentário da Mônica Fielder, no post “100 MIL”. É por isso que eu continuo aqui, me metendo em enrascadas e escrevendo.
Muito obrigada, mesmo, Mônica. Seu comentário me encheu os olhos de lágrimas.
E eu adoooro vocês, seus escondidinhos que nunca aparecem e, de repente, deixam uns comentários lindos desses!!

Destino

Os meus melhores posts eu escrevo mentalmente, enquanto estou caminhando. Indo ou voltando de algum lugar neste país semi-estranho, debaixo deste tempo que a gente não se acostuma, com alguma trilha sonora no ouvido e rostos não muito amigos em volta. Queria um gravador mental. Aperta o rec e depois reproduz.

São poucas as vezes que volto do trabalho à noite e sozinha. Geralmente o David vai me encontrar e caminha comigo. Mas essas caminhadas sozinhas, debaixo da luz amarela de Reading, me fazem pensar em tanta coisa. Destino. Será que estava escrito em algum lugar que um dia eu caminharia debaixo da luz amarelada da cidade do interior da Inglaterra? Será que o meu futuro já desenhava patos e cisnes no cenário? Ou fui eu quem mudou tudo isso?
Eu acreditava mais em destino. Aliás, eu acreditava mais em tanta coisa. Até maçã pra duende eu colocava quando era criança. Hoje sou menos vulnerável, mais cautelosa com qualquer tipo de crença e sentimento. E eu sei muito bem quando tudo isso mudou, foi quando pedi com todas as lágrimas de um ser humano para Deus mudar o imutável. Para a certeza da vida virar milagre. Lembro-me muito bem daqueles dias, daquela dor, daquele frio na espinha quando tudo acabou, das promessas em vão e da vontade de fazer um homem de 89 anos continuar. Não continuou. E a fé esvaiu por um bom tempo entre os dedos, líquida.
Foi-se também um pouco da crença no destino. Mesmo porque o universo nunca conspirou muito a favor de eu estar deste lado de cá. Talvez eu tenha mudado. Talvez não. Uma cartomante disse pra minha mãe quando eu era criança que uma de suas filhas iria embora pra longe.
Até que ponto a gente interfere eu não sei. Acredito que talvez tenhamos alguns pontos-chave marcados na nossa vida, os acontecimentos mais importantes. Mas também acredito que temos o poder de mudar o percurso, aumentá-lo, diminuí-lo, desviar um pouco dele.
Eu não me arrependo de nada. Não me arrependo de ter feito, de ter tentado, de ter insistido. Um dia entenderei melhor se insistir é em vão ou não. Enquanto isso, continuo caminhando sob a luz amarelada de Reading.

100 MIL

O Samba tá na beirinha de atingir os cem mil acessos e, óbvio, quando isso acontecer eu provavelmente estarei vendendo goiaba. Então queria aproveitar pra dizer pra vocês o quanto isso é gostoso!
Pra quem não sabe ainda, o Samba é o quinto blog que eu tenho, de uma geração que começou em 2002, com o extinto PopcornBag. Depois veio o Saco de Pipocas, o Do outro lado da Bolinha e o Time to Be (o blog mais deprimente que eu tive). Pra sair da linha deprê, eu larguei o Blogspot e vim pro WordPress, tudo novo, vida nova. Este aqui ainda é novinho!
Então queria agradecer do fundo do coração à todos vocês, meus leitores queridos, que vem aqui – seja pra ver as enrascadas que me meto ou as besteiras que escrevo, seja pra ler meus contos ou somente pra saber o que tem se passado na minha vida. Sei que tem muita, muita gente aí que vem aqui há anos e nunca nem comentou. Gente que assina o feed, eu vejo os emailzinhos de vocês lá! E é pra vocês também, estes meus leitores quietinhos, que esse agradecimento vai do fundo do coração. E, claro, esse bando de gente que eu nunca conheci (ou já) e que me acompanha há quase OITO anos, seja lá onde eu estiver, seja lá qual for o blog ou o provedor…
A gente sempre fala que escrever um blog é como um diário virtual. Mentira. Se fosse pra escrever diário eu comprava um caderno ou abria um documento no Word. Sem vocês isso aqui não tem a menor graça. Entrar aqui e ver 10 comentários de uma vez faz meu dia. Eu escrevo pra mim e pra vocês.

Como diria Drummond, em sua última crônica antes de morrerAos leitores, gratidão, essa palavra-tudo.

Mingau?

Com o inverno chegando, volta  às mesas inglesas a famosa porridge. Alguns comem porridge o ano todo, outros, como eu, a restringem ao inverno.
Porridge nada mais é do que mingau de aveia. É super popular por aqui e está sempre nas pesquisas como alimento extremamente completo e auxiliar de emagrecimento. Sim, porque a aveia é calórica, mas – como o açaí – tem propriedades e vitaminas que facilitam a perda de peso, fibras e ainda saciam por muito mais tempo que uma fatia de pão de forma.
A receita tradicional de porridge é aveia refinada, leite e açúcar, mas há quem fuja dela, como eu.
Eu odeio porridge com leite. Pode parecer estranho, mas faço a minha com água fervendo. Sim, dá ponto do mesmo jeito, com metade das calorias e sem aquele gostinho de comida de nenê. Além disso, odeio porridge com açúcar. Pra mim tem que ter mel. Sem mel, não desce.
A minha porridge perfeita é feita no microondas, com aveia em flocos (mantém mais as fibras), água, mel e blueberries (coloque as blueberries frescas pouquinho antes de terminar o cozimento, elas derretem na boca…).
Às vezes dou uma alternada com passas ou cranberries secas e oleoginosas picadas, como sementes de abóbora, amêndoas, castanha do Pará. Às vezes também coloco proteína em pó sabor natural (Promax Diet) ao invés de mel – tá, freak, eu sei. Mas é bom.
É uma refeição completa, ótima pra antes da academia e você só vai sentir fome daqui a umas longas horas. Nessa época do ano, dá pra encontrar potinhos de porridge à venda até nas estações de trem mais movimentadas de Londres, como Paddington.

Sou só eu que vejo isso???

A besta da mulher tá falando na tv que vamos ter “strong winds” neste fim de semana. Coisinha básica entre 75 mph e 80 mph. Isso, minha gente inteligente, é mais de 120km/h!!!!!!
Entra no site, clica no videozinho pequenininho à direita, onde tá dizendo “Forecast video”. Agora me diz se o treco tá rodando que nem um furacão ou não????? É SEM-PRE assim. Tudo roda, tem olho, a gente meio que voa, e não passa de strong winds. Cadê a chave do porão? Povo LOUCO.