Tô aqui tentando achar uma única “aulinha da Silva” de Zumba neste “vilarejo” e nada. Não há cidadão que ensine. Só em Londres.
Tava querendo fazer umas aulas faz tempo e esses dias assisti a um dos dvds do Beto Perez, o “criador” da Zumba. Entre aspas, assim, porque nada mais é que uma mistura de passos de danças latinas. Observando alguns vídeos no Youtube é praticamente Axé (que a criatura que vos fala dançava religiosamente todos os fins de semana e até em cima do palco). Sim, eu nunca fui dançarina profissional, mas dançava axé como ninguém. Eu e minha irmã (que começamos, há de se dizer, lá na época da lambada).
Íamos para Salvador, trazíamos todas as coreografias e dançávamos em palcos de Calabares, KVAs e em cima de trio elétrico de Águas de Lindóia.
Mas tava falando era de Zumba, né? (olha como sou avoada…) Então, Zumba é um Axé com passos de Salsa, pra resumir muuuuito. Mas também tem passos de merengue, samba, cumbia e por aí vai. Vi a coleção de Zumba Fitness pra vender por 50 dinheirinhos ingleses, pense! Até que eu poderia comprar, aprender e abrir uma academia de dança nesse finzinho de mundo, acho que eu seria feliz mexendo as perninhas. O problema é que eu acho graça em dançar com um monte de gente, na minha sala só rola passo de salsa ou samba cantado bem alto na colher de pau (coisas para outro post). Não sei se seria assim divertido acompanhar um dvd. Gosto de dançar com gente em volta, suando, gritando, rindo. Sei lá porque… vai ver que eu absorvo endorfina alheia.
Mês: agosto 2009
Tomem cuidado
Pois agora dei de adicionar quem vem aqui ao meu orkut. Mas só os que eu quero. E só os que deixam dicas para serem achados.
A lata
Foi então que abri uma lata de Sprite, que deve ter aparecido na geladeira depois de alguma visita do marido à loja de conveniências. Enchi meio copo, pois raramente nessa vida consigo beber uma lata toda.
Com a lata meio cheia à minha frente, abri a gaveta de talheres e, sem hesitar por um segundo que fosse, peguei uma colherinha. Taquei-lhe o cabo na lata, como fazia minha avó. Se preserva o gás não sei, mas naquele momento parecia-me a coisa mais óbvia e certa a se fazer. Me acabei de rir com tamanho resquício do passado… eu que tenho ipod touch colocando uma colherinha dentro da lata! Mas que descabimento!
Me acabei de rir, mas não tive coragem de tirar a colherinha. Seria como renegar a imaculada sabedoria de minha avó.
Visita de médico
Já disse isso uma vez:
Porque será que toda vez que o verão vai embora,
me dá uma triste sensação de que ele nunca mais vai voltar?
Can anyone push the button please??! Alguém pára o mundo, não quero que chegue amanhã, o dia “oficial”! Toda vez que o verão vai embora por essas bandas, eu ainda me sinto esperando ele chegar… Como assim, já vai? Nem um cafézinho? Espera um pouco, fica pra jantar!
É como quando o Doutor Jacó ia visitar a gente em casa. Só de ouvir mamãe dizendo que Doutor Jacó ia nos visitar, ficávamos radiantes! Ele sempre vinha muito rapidinho, homem importante que era, com um presente de rico e um pote de caramelos! A diferença entre o verão e o Doutor Jacó é que o Doutor Jacó deixava os potes de caramelo em casa. O verão me leva tudo embora.
Minhas paixões de adolescente – 2
Eu escrevi uma carta pro Sonho Maluco do Gugu quando eu tinha 11 anos. Queria ir além da capa da minha fita cassete. Queria encontrá-los na Disney e ouvi-los cantando “My favorite girl” pra mim.

Jordan, Danny, Joey, Donnie, Jonathan: New Kids On The Block, ou NKOTB.
Até que eles melhoraram com o tempo, hein! (Alguém aí gostava do Danny?? Eu não conheço ninguém que gostasse dele, tadeeeeenho… e do Jonathan só vi uma menina até hoje!!!)
Eu era apaixonada pelo Joey. Eu era total “STEP FOUR, I CAN GIVE YOU MORE”! Ele ainda tá gatinho, mas não tem como não lembrar da vozinha cantando “please don´t go giiiiirl” quando eu olho pra ele. Depois comecei a dar bola pro Donnie e não me conformava com quem gostasse do Jordan com aqueles gritinhos de menina!
Abafa o caso, mas eu tenho uma amiga que até hoje tem o CD no carro. E a gente sempre canta Step by Step ou Cover Girl beeeeeem alto quando saímos em São Paulo.
Pra quem nunca viu e quiser conhecer, aí vai o que era A boyband no início dos anos 90: entra AQUI.
Passou o Natal
Passou o Natal e eu fui embora. Determinadamente embora. Arrumei duas malas grandes, pesei-as na balança que dividiu meus segredos de menina. Caberia mais alguma coisa? Teria de caber o mundo naquelas malas, o meu mundo inteiro.
Era 2004, nada de mágico. O milênio havia mudado, o mundo continuava vivo, a guerra já tinha começado no Iraque. Tudo parecia perfeitamente igual depois do Natal, na vida de todo mundo no mundo tudo. Menos na minha.
No dia 26 à noite eu iria embora forte como a Tsunami, que nem vi na televisão porque já morria de amor.
Fechei minhas malas com o mesmo gosto amargo que ainda sinto na boca toda vez que fecho minhas malas. Me despedi do meu cachorro, do meu travesseiro, do meu caderno de poemas e dos meus amigos. Os Cds e alguns livros haviam encontrado espaço para irem comigo, junto com alguns presentes, algumas fotos e cartas de boa sorte. Naquele dia todo o meu futuro mudaria, ou entraria na linha do destino, seja qual for a sua crença.
Eu tinha uma passagem de volta, o que deixava tudo mais excitante. Não seria para sempre, seria como uma experiência. Uma viagem. Um teste. A passagem de volta, caros amigos, vocês têm de entender que faz toda a diferença do mundo. O quarto intocado, deixado à minha maneira. O azul na parede, a escrivaninha do meu avô, tudo estaria ali, me desejando que voltasse em breve. Volte, logo. Sim, a passagem de volta faz toda a diferença. Como se você se agarrasse às suas raízes com toda a força das mãos e gritasse, vou até ali tentar e já volto. Espere por mim.
E fui. Deixei lágrimas no aeroporto de Guarulhos, ainda sinto o cheiro seco do aeroporto de Guarulhos. Entrei na fila virando-me de costas algumas vezes, mas estava feliz, como se fosse viajar e voltasse. Mais uma vez um longo vôo sozinha, e achei que seria o último sozinha. Um coração inteiro ia comigo, sonhos de uma adolescência tardia, uma mensagem no celular, te vejo amanhã, meu amor. Sim, eu o veria amanhã. Depois de longos três meses sem vê-lo, tentaríamos uma viagem juntos.
O vôo durou coisa de doze horas e não havia quem me fizesse dormir. Imaginava o cheiro da casa, a pintura descascada da parede, a cama de casal. Qual seria o meu café da manhã, que cor teria minha toalha, qual jornal eu leria? Pensava em tudo o que conhecia daquele lugar, a luz amarela à noite, o silêncio frio, o verde mais verde que já havia visto. Lembrava-me do sabor do chá com leite, do inverno que estremecia os ossos, da ponte vista da beira do rio, do calor de Londres. Meu coração se enchia quando pensava em Londres, em toda sua história de rei e rainha, em castelo de princesa, em Jack, o estripador. Em Oliver Twist. Amava Londres como ainda amo seu gosto, seu cheiro.
Olhando o mundo pela janela do avião ficava mais fácil deixar as coisas para trás. Tudo parecia pequeno perto do imenso amor que havia à frente. De todas as promessas ficava apenas uma, a de ter a certeza de ser feliz.
Foi apenas um ano, com férias no Brasil no meio. Com data para voltar ao meu mundo. Um ano maravilhoso, uma página colorida do meu livro, um acerto. Uma viagem que terminou com outra viagem para Barcelona. Um pedido de casamento que só eu e a estátua de Colombo ouvimos nas Las Ramblas, naquele final de tarde fria de Dezembro.
Eu não sabia, mas ali mudava toda a minha vida. O começo de um destino, ou a mudança de um futuro. Não sabia que palavras fariam parte de uma nova página, mas a certeza é de que seria a mais branca de todas, e isso me dava um certo medo. Três anos depois, uma passagem só de ida, outro longo vôo sozinha. Uma coragem vicking e quase boba de desbravar o mundo com apenas uma arma: o amor.
Tô “nude”!!!!!!!!!!!
Já que não é mais bege, né…
Passada com a informação pós aniversário da amiga 2. Elas foram no show da Nikki!!! Quem? A Nikki!! Se você tiver menos que 25 não vai saber meeeesmo. Nikki French, prazer. Uma das rainhas, ídolas da geração TEEN de 90 (Ui, a Rah tava nascendo e eu já tava quase na balada!!!!!)
Pense em cantar alto, soltar a franga, de pólo Ralph Lauren ou camiseta da Banana Republic com a iguana atrás e bolsinho na frente, legging, TÊNIS DE SALTO BRANCO ou Ked´s xadrez (trazidos devidamente da Disney por você ou alguém), cabelinho topete-Mc Donald´s e brinco de CORAÇÃO dourado! Pense na dancinha: “Stop! In the naaaame of love! Before you breaaaak my heart, think it ououover!” Eu tenho a dancinha na minha MENTE. Lugar: Phoenix Guarujá, vulgo “puxadinho de casa”. Pense em perfume ESCAPE! Tá eu era paulista e comecei a ser patricinha na fase “Resumo da Ópera”. Tipo balada no shopping?? Paulista patricinha era assim, sem tirar nem pôr. Playboy usava a mesma camiseta ou pólo, calça jeans e MOCASSIM DE SOLA BRANCAAAA da Side Walk (pára tu-do que eu tô me matando de rir).
O negócio é que elas foram ONTEM no show da Nikki French! Cada qual com seus quase trintinha!!! E eu dava tudo pra estar lá e fazer a dancinha que não sai da minha cabeça, gritar bem alto “did you ever really loooooove me?” (meu Deus, da época que eu gostava do “Afonso Estrôncio” – não posso dizer de onde, porque ele é de cidade pequena, e ele nem sabia que eu namorava com ele hahahaha) Da época que eu era promoter da Kíron e nem sonhava em conhecer a Cris! Senhooor, da época em que eu fiz meu aniversário na OZ e mamãe parava o carro na esquina da balada pra gente não pagar mico… Ai, pára, tá vindo muita coisa na minha cabeça!
Enfim, elas foram e eu não. Todo o meu entusiasmo em ouvir o “Reading Festival” pela janela, neste atual momento, foi por água abaixo. Vou cantar com o YouTube e já volto!!
A professorinha
Ok, vai chover pedra aqui, mas que se dane.
Tava lendo as notícias no Globo.com e dei de cara com esta aqui. Um professora baiana, formada e pós graduada em pedagogia, de 28 anos, saiu na balada, rebolou no palco de fio dental e foi demitida.
Gente, o que tá acontecendo com o mundo? Você acha que ela tá errada? Porque? Porque rebolou ao som de uma “música” cujo refrão é “todo enfiado”. Vá lá no Youtube assistir.
Eu não entendo o que esse povo pensa. Será que eles acham que professora é virgem, nunca fez sexo na vida, não tem tara, fetiche, fantasia sexual – não sabe rebolar? Só porque é professora e vive rodeada de criança? E criança nasce como, hein?
A mulher saiu à noite, numa balada qualquer sem NENHUMA criança, fez o que gosta de fazer, se divertiu. Não insultou ninguém, não mandou cópia do filme de lição de casa e aposto que não rebola na sala de aula. Qual é o problema, meu Deus? Xuxa tem programa infantil desde que me conheço por gente. Carla Perez tem bloco de carnaval pra criança. Qual o mal dessa mulher dançar numa boate fora da sala de aula? As pessoas têm vida própria, existe vida fora do ambiente de trabalho!
Fico passada com essas coisas. Tá cheio de pedófilo no mundo, deixa a menina rebolar.
E antes que comentem, sim, tá no YouTube, o Joãozinho pode ver. Pois eu diria pra mãe do Joãzinho passar um belo filtro pra menores no computador porque tá cheio de MERDA na internet, não só no Youtube.