O Samba pode virar livro. VOTE!!

Esse banner novo aí a direita não é miragem!

ÉÉÉÉÉÉ! O Samba pode virar um livro, gente! Este blog está participando do segundo concurso BlogBooks, cujo prêmio é um livro editadinho, lindinho, sonhozinho! E pra eu ganhar é muito fácil, só dar uma de DOMINI e contratar uma empresa de telemarketing hahahaha. Mentira, preciso da sua ajuda, você que vem aqui sempre, de vez em quando, que curte os meus textos… preciso do SEU VOTO. Aproveita que você tá jogando voto pra cima nessa eleição e vota no Samba!
Do mesmo jeito que este blog é feito pra você, só você pode ajudar a levá-lo da blogsfera pro mundo real.

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Caso não abra, o Samba está cadastrado na categoria UNIVERSO FEMININO.

PS: Em Outubro será lançado o livro do Mundo Mundano e tem dois textos quentinhos meus lá! First step! 🙂

Nunca uma música me serviu tanto…

Feche os olhos e só escute.

Rapidinha

Pois então, pedi demissão, saí na quinta-feira e passei na loja na frente da ex-goiabeira, onde as meninas viraram minhas amigas. É uma loja de lingerie italiana chamada Intimissimi, onde eu afundava meu salário nas sales da vida, e eu adoro as meninas de lá. Passei pra fofocar um pouco, jogar conversa fora, contar que estava saindo do emprego “novo”.
Sexta de manhã, uma delas me liga. A gerente saiu e eles me queriam pra uma entrevista, tipo, AGORA. Fui e cá estou, com emprego novo. Pois é. Saí de um na quinta, na sexta arrumei outro! Começo lá amanhã!
O salário não é nada incrível, mas pelo menos não vou sonhar com target pessoal (não existe), não vou ter gente me enchendo o saco, e já conheço e adoro todas as meninas que trabalham lá. Acho que vai ser bem mais gostoso! Fora que vou ter desconto e ganhar freebies da loja de lingerie que eu mais compro no mundo.
Amanhã conto mais!

Jardim

E eu procurei, eu procurei tanta coisa pra me distrair. Procurei gente que falasse, conselhos dados de graça, procurei amor no que não vi, desejo, coisas que passam, ficam. Só não procurei você no meio de todo esse caminho torto e, olha, a gente fica assim nessa marola, nessa coisa de que nada-importa-tanto, nessa crença de que tudo será como sempre foi. E vira um jardim de erva daninha, sabe, porque a gente supõe que o sol e a chuva cuidarão de tudo e que esse jardim não exige muito das nossas mãos. A gente supõe que só o amor dá conta de tudo e deixa esse jardim a mercê da vida. Ah, quanta tolice…
Quanto mais o tempo passa, mais a gente relaxa e, olha, se aprendi uma coisa nessa vida, é que quanto mais velho o amor fica, mais precisa ser cuidado.

Viajando na batatinha, pra variar

(O celular do marido toca de manhã, enquanto a gente tá na cama, é o amigo dele, Smiffy).

Horas depois…

– Babe, você ligou pro Smiffy?
– Putz! Não, esqueci!
– Ah, babe, vai ver que ele queria chamar a gente pra ir pra Lilliput!!!!

(Meia hora de gargalhadas frenéticas e eu sem entender nada)

– Por que? Você queria encontrar toda aquela gente pequena e amarrar o Gulliver também???

Ah, meu, eu lá tenho culpa que o lugar chama Liphook e eu confundo com a ilha das viagens de Gulliver??

Pois é

Tanta coisa pra contar e eu sem o menor saco pra ficar teclando. Enfim, pedi demissão do emprego novo. Saio quinta-feira. Deu o que tinha que dar, não vim pra cá pra ser infeliz, não. Bola pra frente, sacodir a poeira e procurar outro emprego. Depois conto com calma. =-*

Homesick

Eu ando muito homesick ultimamente. É uma saudade ridícula do Brasil misturada com essa perdição onde me encontro. Pois é, Saturno voltou e eu continuo sem saber o que fazer da minha vida.
O foda é que quando tenho uns minutos meus, no meio de toda essa loucura que é essa vida aqui, eu só consigo sentir uma coisa: saudades de casa. Mas é uma saudade besta, porque é saudade de um passado. Sinto falta da minha casa, com a minha mãe, minha irmã, meu cachorro e a Néia. E isso já mudou faz tempo, esse foi o cenário que eu deixei. A Néia já não trabalha mais lá, minha irmã saiu de casa e está prestes a se casar, minha mãe e o Billy continuam por lá, sozinhos. E isso me esmaga o coração.
Sei lá, pode ser que no fundo eu seja um pouco imatura e esteja lutando contra a tal da adultice, talvez queira mais o conforto e o refúgio de tudo isso.
Aprendi a viver sozinha, sabe. Aprendi por fora, porque por dentro ainda me mata. Não sou assim, nunca fui, sempre fui a mais “família” de casa, sempre adorei os almoços cheios de tios, os Natais juntos, os domingos na vovó. Sempre fui a companheira da minha mãe e ela, a minha. Morro de saudades de coisas banais, como fazer bolo com a minha irmã num domingo chato, ou andar no Villa Lobos com a mamãe, reclamando que o Billy para em tudo quanto é canto.
Ainda não sei o que quero da minha vida, se pretendo ficar aqui, se pretendo voltar pro Brasil. E tenho uma leve sensação de que nunca decidirei isso, porque sou daquele tipo de gente que tenta até o último segundo, que espreme até a última gota. Se um dia eu voltar, quero ter a certeza de que dei o melhor de mim aqui.
E além de tudo isso, o casamento. Que é o que me segura, que é o que está bem, que me faz feliz.
É, gente, nunca achei que tudo isso fosse ser fácil. Muitos de vocês dizem que me admiram, que admiram a minha força e coragem por lutar sempre… Eu confesso que sabia que não seria fácil, mas nunca achei que fosse ser assim. Descobri que sou muito, mas muito mais forte do que imaginava. E se tive uma recaída essa semana, foi porque pesou demais, recaídas não são a minha praia.
Por isso, você aí, que tá namorando um cara que mora em outro país, e pensa em se casar com ele, anota uma coisa: ninguém vive de amor e de cabana. Minha avó falava isso, minha mãe ainda me  fala. E se estiver pensando em fazer essa loucura toda, vem falar comigo primeiro. Porque vale a pena, sim. Mas nem tudo compensa o vazio que fica dentro do peito. Trocar uma multidão de gente que te ama por apenas uma é uma missão nobre e idiota. Como já disse uma vez, uma pessoa só não preenche um coração inteiro. E nem deveria.

And if you know…
How do you get up from an all time low?

Beaver…oops

Pois é, eu comecei na Beaverbrooks faz 10 dias. E vou te contar uma coisa, quase pedi demissão no quinto dia.
Na verdade eu comecei numa semana final de liquidação, completamente louca, sem ter ninguém pra me ensinar nada e tendo que tentar resolver tudo o que eu nunca vi na vida sozinha. Além disso, como se não bastasse, a minha gerente é de Liverpool (o único sotaque britânico que eu não entendo lhufas) e acabamos nos estranhando, porque eu não entendo o que ela fala e e ela acha que eu não sei do que ela tá falando. Tive que conversar com ela a respeito e ela me disse que vai falar mais devagar, mas meu problema não é esse, vou precisar me acostumar com o sotaque dela e isso leva tempo. Por causa de todo esse auê, ela acabou ficando meio puta comigo enquanto eu não entendia o que ela dizia e começou a me hostilizar.
No domingo, quando ela me comparou com a Nicola, eu surtei. Odeio comparações. Ela disse que a Nicola tá pegando tudo mais rápido que eu. Claro, a Nicola já trabalhou com ouro e diamantes, começou na loja num domingo, onde todo mundo pode mostrar coisas pra ela, enquanto eu não tenho background nenhum em jóia de verdade e não tive um tutor sequer durante a primeira semana comigo. Além disso, é meio óbvio que uma pessoa inglesa vá pegar as coisas mais facilmente, existem palavras relacionadas com jóias que eu nunca nem ouvi na vida. É minha segunda língua, não a primeira. Acho meio óbvio o fato de eu ter sido promovida pra subgerente na Magnolia e a Nicola não, né. Acho que não preciso explicar isso e eles devem sacar que tem um sentido.
Enfim, além de tudo, fui colocada como responsável pelos relógios, coisa que a princípio, adorei, mas não tô curtindo mais. São vinte marcas de relógios, cada uma com uns seis subgrupos e, até agora, eu só entendo de TAG HEUER. No meu terceiro dia, a gerente virou pra mim e disse “coloca isso lá com os Tangos”. Mano, se ninguém me disser o que é um Tango, eu vou é sair dançando, entende! Minha primeira semana inteira foi assim, pressupondo que eu sabia de tudo.
Os relógios dão muito trabalho, têm que estar na posição certa, os stands são móveis, cada hora que você encosta em um, cai outro. Tem que estar limpos, os preços certos, e você tem que saber que o Raymond Weil Tango é diferente do Noemia. Fora que você fica num corredorzinho na lateral da loja e leva o dia todo pra arrumar, ou seja, não vende. Daí minha gerente disse que eu preciso de “gerenciamento de tempo”. Quase mandei ela tomar no cu, porque, minha amiga, eu tenho mais qualificações e uma experiência profissional muito mais importante que a sua.
Enfim, conversei com ela e com a supervisora no domingo, disse que não estava gostando, que estava me sentindo extremamente pressionada, enquanto achava que deveria estar sendo treinada. Elas me pediram pra não sair, pra dar mais algumas semanas, que todo mundo odeia quando começa. Disseram que tem gente que vai almoçar e não volta (eu totalmente entendo, porque essa era a minha vontade). Eu tive um pouco de medo com essa afirmação, afinal, não quero trabalhar num lugar que eu odeie. Mas disseram que é muita coisa pra aprender mesmo, que vão ficar mais comigo e quando eu começar a entender tudo, vai ficar mais fácil.
A verdade é que eu venho de um lugar onde eu estava no controle de tudo, sabia de tudo e todo mundo recorria à mim pra qualquer coisa. Daí chego num ambiente onde não sei absolutamente nada, e acabo cobrando muito de mim mesma.
Deixei mais alguns dias passarem e ontem tive meu melhor dia lá. Só não sei se foi porque detonei meu target de 1000 libras pra 1700, ou se foi porque minha gerente estava de folga.
Eu espero que tudo se resolva, afinal, a empresa é ótima, me paga um salário extremamente bom pra varejo e me dá 33 dias úteis de férias. Vamos ver como tudo fica, só não quero mais um “hotel” na minha vida…