Passa assim, devagarinho
Feito avião de papel
Chove um choro dolorido
Entardece em risos lá do céu
A vida é finda, poetinha
A palavra é imortal, o legado é sagrado
Que fiquem tristes nossos vazios – “maiores, e até infinitos”
Que seja eterno o nosso obrigado.
Adeus, querido Manoelito
Já não há forma alguma que te prenda aqui
Transborda-te em prosa, renasça em poesia
Voa alto, colorido, (fora das) asas de um colibri.
* Simplória homenagem ao meu poeta preferido que nos deixou hoje. Adeus, Manoel de Barros. O corpo acaba, a tua poesia permanece. ❤