Mais uma doida pra minha lista

Ontem fui pra academia de bike, de mau humor e de TPM. Chegando no pico do “morro acima”, desci da bike e resolvi empurrá-la. Não tava a fim de fazer um spinning outdoor.
No meio da calçada vinha uma senhorinha. Gente, sério, eu não invento essas coisas! A mulher deu um dois pra lá na frente da minha bike, me estendeu a mão e disse:
– Can I shake your hands?
Eu já pensando “pronto, here we go again… mais um doido pra minha listinha”. Chacoalhar minha mão pra que, minha senhora? Respondi de sopetão:
– Whaaaat?
E ela:
– Can i shake your hands?
Eu logo soltei um semi-educado:
– Why?????
Minha imaginação de Bobby viajou, né… vai que a velhinha é uma espiã russa e tem antrax na mão pra me matar? Ou então tá com gripe suína e teve uma idéia do tipo “porque é que a gente não se junta tudo numa coisa só”… sei lá. Deu medo. Aí ela disse:
– É que você é a primeira ciclista que eu vejo de capacete.
Eu disse “ah pois é, pra que colocar a minha vida em risco, né!”… Ela virou um “well done, God bless”, deu dois pra cá e continuou sua jornada….
Não senhorinha, a verdade que seja dita: esta pessoa que vos fala cai até de havaianas, imagine em cima de duas rodas!!! Só num look formiga atômica mesmo…

* Post em homenagem a Fee, que caiu de novo…

Já que a gente falou do Rei…

Vou contar uma estórinha pra vocês.
O primeiro carro que eu dirigi na vida foi o Monza velho do vovô. Era um banheirão desses meio prata, lá de mil novecentos e bolinha. Não tinha grana pra comprar meu primeiro carro, vovô já não usava mais e me emprestava pra testar baliza. A única vantagem do Monza era o rádio (toca-fitas), mas era rádio. Pense que isso foi lá em 1998.
O segundo carro que eu dirigi foi o meu besourinho. Um Corsinha preto que só tinha motor e mais nada. O mais básico dos básicos, nem tapetinho veio. E, ai, eu amava meu Corsinha. Dirigia bem pra caramba, nunca deu problema. Mas tinha uma desvantagem: não tinha rádio (nem toca-fitas).
Eu dirigia pra lá e pra cá no silêncio mortal do trânsito paulista que irritava minha mente hiperativa. Não dava. Então foi aí que inventei uma solução: cantar!! Bem alto, com o vidro fechado, quem é que ia saber que eu não tinha rádio no carro, né??
E foi assim por meses. Eu cantando, me fazendo da louca e me matando de rir de mim mesma… (Eu sou meio Lila, do “Antes só do que mal casado”… quando eu tô num carro… rola até baleiês!)
Aí imagine que um dia eu cantava muito, mas muito alto – e de olhinhos fechados – “Emoções” do Robertão. “Quando eu estou aquiiii eu vivo este momento lindoooo tchururururururu olhando pra você e as mesmas emoções sentiiiiiindoooo!!”
Nessa altura eu estava parada na esquina da Av. Faria Lima com a Rebouças. Notei alguns olhares estranhos, mas continuei a mil “Detalhes de uma vida, estórias que eu contei aquiiiii tu-tu-tu-tu-tu-tuuuuuuu”. De repente a mulher do meu lado fechou o vidro. O povo que passava na rua olhava. Passou um senhorzinho perto e gritou “Se chorei ou se sorriiii o importante é que emoçõõõõões eu viviiiiiii”. Sim, queridos, foi aí que me dei conta que o vidro do meu carro estava escancarado e eu realmente fazia “a doida” em plena Rebouças com Faria Lima.
Mas, como pouca estória é bobagem, eis que veio um mendigo muito louco na minha direção, parou na frente do meu carro e começou:
– Sua vaaaaaaaaaaaaacaaaaa!!! Cala a bocaaaa, malditaaaaaa! Vô te matáááá, vô te matáááááá, sua vacaaaaaaa!
Eu gelei, né. Fiquei com medo de fechar o vidro, porque também não ia adiantar muito já que eu estava parada no meio de um monte de carro. O sinal abriu e eu me mandei. Voltei pra casa gelada, morrendo de rir, e nunca mais cantei sem rádio com o vidro aberto.

Menino-subtitle

Sábado acordei bem cedo. Tinha combinado com a Agi, minha amiga polonesa, e a Valerie, belga (trabalhamos todas juntas no hotel), de irmos para a praia já que a Valerie dirige.
Mas a Valerie, que hoje é gerente de Housekeeping do Hilton, acabou combinando com uma das funcionárias dela de tomar conta do filho de 4 anos para a mulher poder trabalhar. E como isso aconteceria das 14 às 17h acabou não compensando ir pra praia (uma pena, porque o dia estava maravilhoso).
De qualquer modo nos encontramos às 10h. Fomos até Pangbourne, aqui pertinho, no The Swan, um pub com deck em cima do rio. O dia tava lindo, a gente jogou muita conversa fora, descobri que a Valerie tá grávida e foi bom sair um pouco de casa. Desde que o carro quebrou não vamos a lugar nenhum…
Lá pelas 14h fomos até o Hilton buscar o menino. Foi aí que descobri um porém: o menino é Lituânio e não falava um “a” em inglês, assim como também não entendia. Ele entendia uma fração de polonês, então a sorte é que a Agi estava junto, se não o menino ia fazer xixi e cocô na calça e morrer de sede e fome.
Agora imaginem a situação. Três horas com um mini-humano que não parava de falar um segundo em lituânio. Parecia um bonequinho desses que alguém te traz de outro país e você aperta um botão e ele desembesta a falar em uma língua incompreensível.
Até agora não entendi se o nome dele era Kieron ou Kirel, por isso ele virou “o menino-subtitle”. E ele olhava pra mim, batia o maior papo e eu só balançando a cabeça e dizendo “yeah, yeah”.
No fim acabamos indo pra casa da irmã da Agi, que também tem um menininho que só fala polonês. Então entendam bem a tensão do nosso sábado internacional. É nessas horas que a gente dá valor para a tecla SAP….

102_1890Agi, o menino-subtitle e Valerie


102_1891Menino-subtitle. Fofamente imcompreensível…

O dia em que eu descobri onde era o audó

Faz tempo que não aparece nada do “Escolhida a dedo” aqui, hein! Essa eu acho que nunca contei pra vocês, nem nos outros blogs… será preciso muita imaginação para este post!


Há alguns anos fomos para o Guarujá, num desses fins de semana de balada na praia. Tinha uma boate bombando em Santos naquela época e a gente já tava beeem cansada de Avelino´s no fim de semana. Resolvemos testar a tal da boate. Estávamos eu, minha prima Carol, a Kátia (amiga minha de infância louca-de-pedra) e acho que a Verônica (você tava, né Vê?). Minha prima resolveu dirigir, pegar a balsa e nos levar até a baladinha-mor (não há o que me faça lembrar o nome do lugar).
Até sair do Guarujá, pegar a balsa e chegar em Santos, fácil. Mas quem foi que disse que a gente sabia andar de carro em Santos, hein? Ainda mais à noite. A gente parou um monte de carro que passava ao lado e pediu informação pra inúmeras pessoas. Todas diziam “ah, eu não sou daqui”, “ai, eu também tô perdido”. E eu pensando porque diabos a gente não tinha deixado o burrico amarrado no Avelino´s mesmo…
Voltas e voltas pela orla e nada. A gente pegava a avenida da praia, ia até o fim e fazia o retorno, em busca de um santista informado em plena madrugada. Já era mais de uma da manhã e a gente não fazia idéia de onde ir.
Num desses retornos passamos por um ponto de ônibus. Havia um menino lá, com cara de quem estava indo ou voltando de uma balada. Parecia ter mais ou menos a nossa idade, sub-entendemos que ele sabia onde era a porcaria da boate.
Paramos o carro e eu perguntei:
– Moço, você sabe onde é a balada tal?
O moço-super-descolado, respondeu:
– Aaaaah, a balada tal? É logo ali ó! – totalmente bichinha atacada, fazia poses do Michael Jackson na hora de apontar.
– Lá no fim da rua?
– Não, não é não. Sabe onde é o audó?
Pausa momentânea no carro, quatro meninas em forma de interrogação. Se a gente não sabia onde era a balada, não ia saber mesmo onde era o audó. E afinal de contas, o que era um audó?
Dissemos que não e ele continuou com sua vozinha de menina e cheia de álcool:
– Ai, gatas, como assim não sabem onde é o audó?
– Mm-mm…
– Audó, menina, audóóóóó! Pensa, aquele lugar quadrado!!!!
– Moço, nós não somos daqui!
– Mas audó é do mundo todo, gata! Audó, aquele lugar quadrado que pisca (entenda esta parte como a bichinha muito bêbada desenhando no ar um “quadrado” e fazendo movimentos com as mãos do “pisca-pisca” que dariam inveja a qualquer coreografia da Xuxa).
Eu já não tinha mais esperanças…. onde era o tal audó que pisca, pisca? Que porcaria era aquela que ele tava dizendo?
– Menina, presta atenção! Audó, onde tem um monte de modelo e tudo! Pisca-pisca? (continuava fazendo o pisca-pisca com os braços abertos em coreografia e os olhinhos revirando pra cima)
A gente achando que era uma balada gls, né… Com modelo, pisca-pisca, ele todo empolgado…
– Ai gatas, assim não dá hein! Eu que tô bêbada e vocês que ficam patsas?? Onde é que você coloca propaganda, hein?
Pausa generalizada no carro e um estrondo de gargalhadas. Sim, fazia meia hora que ele queria dizer onde era o outdoor…
Passado o momento audó, ele continuou a explicação:
– Então, a hora que passar o audó você segue, segue, segue, segue, vira à direita.. não! à esquerda! não! peraí!
Nessa o nosso camarada virou um mapa ambulante. Lembra do Joey quando os Friends foram pra Londres? Pois é, a princesinha virou de costas e começou a gritar:
– Vira o carro assim, ó!
Já tá virado, colega.
– Agora segue, segue, segue…
E ele foi seguindo. Juro por Deus, ele foi andando. Lá de alguns metros de distânica gritava:
– Vira à direeeeeeita!!
E ele ia… fazendo o mapa direitinho… foi tão bem que sumiu. A gente nem viu mais a bicha do audó. Ou a gente riu tanto que perdeu ele de vista.
Sei que a gente achou a balada no final. E talvez a bichinha também tenha achado… seguindo o mapa dela!

Cidade maravilhosa

Vocês sabem que se me der um louco eu faço dois, né. Pois então. Ontem à noite saí da academia (ainda estava claro), depois de uma aula de pilates e outra de spinning. Andava com a minha amiga na avenida da faculdade quando nos aproximamos desse casal perdido no meio da rua. Uma mulher de uns cinquenta e poucos anos e um senhorzinho muito fofo. Vira a mulher pra gente e diz alguma coisa sobre tennis. A gente achou que eles queriam jogar tênis, mas aí eles começaram a falar os dois ao mesmo tempo e eu ouvi um “pelota” no meio. Soltei meu portunhol e perguntei se eles falavam espanhol. A mulher se empolgou toda e perguntou se eu era espanhola, eu disse que não, que era Brasileira. Descobri que eles queriam era jogar squash, que é na academia. Dei as instruções enquanto o senhorzinho tentava persistentemente falar comigo em espanhol. Quando dei brecha ele me perguntou de onde eu era e eu disse São Paulo. Aí ele desembestou a falar que já tinha ido pro Rio, pra São Paulo, pra Curitiba e pra Foz do Iguaçu, que amava o Brasil e tralalá.
E quando eu me dei conta estavamos eu e ele cantando “Cidade maravilhosa” bem alto, com os braços abertos e espalhafatosos no meio da avenida. Só percebi o mico quando a mulher começou a puxar o pai e dizer  “gracias, gracias, gracias”. E ele foi embora de costas, cantando com os braços abertos e eu também, nos separando minuto a minuto. Cena de filme. Minha amiga polonesa tava sentada no ponto de ônibus se matando de rir.

Senhorinhas no ponto de ônibus

Às vezes eu me sinto a própria mosca ouvindo conversa alheia. Hoje estava no ponto de ônibus esperando o dito cujo pra ir pro trabalho.
Havia duas senhorinhas por lá, cada qual com seus cento e vinte anos, esperando o ônibus também. Uma parecia meio louca, usava um chapéu, saia, e estava de mochila. A outra, sentadinha, de boina vermelha e bengala.
Vira a do chapéu pra da boina vermelha e pergunta que horas são. A senhorinha diz “espera só um minuto que eu tenho um relógio que fala”. Eu pensei, nossa, que povo evoluído….
Aí a senhorinha da boina vermelha aperta um botão e o relógio diz com um sotaque irlandês “eleven, o-eight (11:08)”. As duas se abaixam e inclinam os respectivos ouvidos sobre o relógio da uma (essa cena foi impagável). As duas com os ouvidos grudados no relógio, que estava no braço da de boina vermelha.
A de chapéu diz “ah, eleven o´clock”. A outra diz “não, eleven fourteen”. “Vamos ouvir de novo”. Apertam o botão, grudam o ouvido no relógio, que diz “eleven o-nine”, que nada mais é que 11:09. “Ah, eleven two nine”. “Acho que disse eleven to nine”. Tive que intervir: “minha senhora, são onze e nove”. “Aaaaaaaah” disseram as duas.
Deviam inventar um relógio que desenhe….

Complementando:

Pra formar a patota, chega uma outra velhinha de duzentos e trinta anos, de casaco roxo e bengala combinando – roxa de bolinha rosa. Juro. Começa uma conversa de que o ônibus número nove não vai pro centro, vai pra Caversham. Eu, defensora dos oprimidos, intervenho de novo. “Não, senhorinhas loucas. Pra Caversham é no caminho de volta. Daqui, vai pro centro da cidade”. Vira a do chapéu e diz “que cidade???”. Eu tive vontade de responder Veneza, mas fiquei quieta. Como que esse povo anda na rua sozinho?????

Motorizada…

Finalmente comecei a me re-entender com a minha bike. Já tinha até colocado uma plaquinha de venda nela até decidir ir pra Caversham domingo passado. E foi tranquilo.
Na verdade os problemas da minha bike são dois. Um, ela é grande demais pra essa pequena fração de gente. Dois, ela é pesada demais. Quando fui comprar com o David, lá em 2005, ela estava em promoção. A anta aqui parou do lado da bike, viu se a altura batia no quadril, ok, ok, pode levar. Leva que tá half price. Mas a besta verde e amarela que vos fala não se tocou que tava de salto!!!!!! Resultado: a bike é ótima pra andar de salto alto. Óbvio que não, né! De tênis é quase um fiasco. Pensa numa bike pêndulo. Uma menina em cima e quando pára tem que voar pulando pra frente pra pôr o pé no chão se não cai. Novidade né? Pra parar de repente só se for do lado da calçada (meio-fio) pra apoiar o pé. E pra subir tem que fazer muita yoga pra jogar a perna tão por cima do selim.
Mas o que mais me atrapalham são as marchas. Ãããã? Sim, eu sei. É dois mil e oito e eu ainda não me entendo com marcha de bicicleta. É o fim da picada. Mas amigos, eu nasci, cresci e nunca saí de São Paulo. Andei de bicicleta quando o meu sonho era uma Cecizinha rosa de cestinha branca e duas rodinhas do lado. Não tinha marcha. Minha primeira bicicleta de marcha eu devo ter tido com uns 16 anos, mas aí não andava mais. Queria saber de carro. E na Vila Madalena, já imaginou né? Impossível. A não ser que você queira fazer um spinning eterno. Pra chegar na minha casa, mal meu carro sobe os morros, imagina uma bike.
Essa daqui pra subida é um fiasco. Ela tem suspensão dupla, é de aço, pesa pra caramba. Esses dias eu tenho feito tudo de bike, mas quando chega uma inclinaçãozinha eu freio, pulo logo pra frente, acho o chão, dou uma voadora pra fora da bike e empurro a bendita.
Quinta feira eu e o David tivemos que ir ao centro. Fomos pedalando e eu resolvi usar um jeans. Pensei cá com os meus botões, tem stretch, não vai ser tãããão difícil. Pura ilusão. Na volta a gente pedalou o triplo porque ele queria comprar hamburguer no fast food lá depois de casa. Pegamos o caminho na beira do rio, tranquilo, ele me ensinou que marcha que eu tenho que usar, onde a correia tem que ficar e tal, e a motoquinha foi pedalando bem. Aí ele disse, vamos virar aqui. Era uma alleyway… mmm… mmmm… como chama essa bagaça em português???? Ah, enfim, era um desses “corta-caminho” pra pedestre, no meio da calçada que vai de um lado pra outro, sabe?? De um lado tinha um arame, não era farpado, mas era pontudo. Ele foi pedalando na frente e eu segui. Juro por Deus, o caminhozinho tinha uma inclinação pra cima de uns quinze graus no máximo! Era ri-dí-cu-lo. E a minha bike não subiu. Não deu tempo de pular pra frente, não deu tempo de dar voadora pra sair da bike, nada. Eu sabia que ia cair e a bike tendia pro arame. Nessas já ativei minhas células de dor e disse “let´s get started!”. Enfim, caí de ladinho, em cima do arame. Só que comigo não aconteceu nada. A minha blusa é que enganchou no arame e não soltava de jeito nenhum. Imagina a situação: eu, ainda em cima da bike, quase apoiada no arame, enganchada, tentando dar uma voadora pra sair com a calça stretch que também travou. A perna travou entre a bike e o arame e eu não descia nem caía na moita. Fiquei literalmente presa. Eu não conseguia parar de rir, e nem deu tempo de chamar o David. Quando ele olhou, ficou parado tentando entender o que eu fazia apoiada no arame, com a perna levantada, sem sair do lugar, e dando gargalhada. Ele ficou olhando e de repente começou a gritar, sai daí, sai daí, não encosta, não encosta. Quando eu olhei pro lado, onde eu tava enganchada, percebi que em volta do arame tinha uma bela moita de urtiga. Que coça e arde se a gente encosta. Na verdade eu não tive como sair. Ele teve mesmo é que chegar em mim, desenganchar minha blusa, puxar a bike, pra eu poder descer a perna que já tava dando cãimbra.
Se ele não tivesse lá acho que eu teria que caçar meu celular e  ligar pra Emergência me tirar do arame hahahaha! Não dava pra sair de jeito nenhum!!!!

Dez a zero

Meu, acabou de acontecer uma das coisas mais estranhas que já aconteceu comigo. Eu perdi um dente de alho. Como assim??? Não sei também, o dente de alho sumiu, evaporou, virou purpurina.
Resolvi fazer um risoto agora pro almoço. Peguei dois dentes de alho gordos, alho orgânico, o dente por si só é gigante. Descasquei os dois na tábua. Enquanto cortei um em pedacinhos, o outro caiu no chão, eu vi. Mas como tava segurando o outro dente, pensei em terminar, e pegar o que caiu depois.
Pois bem. Terminei. Olhei pro chão e cadê o outro?????? Desapareceu. Fiquei meia hora procurando o dente de alho gordo, que seria mega visível no chão da minha cozinha. Mudei de posição pra mudar o ângulo, até fiz uma “reconstituição” com outro dente de alho pra ver aonde ele cairia. Nada. Procurei no meu cabelo, dentro da minha blusa, dentro da luva térmica, até dentro da geladeira fechada e do forno. Tá, ele não deveria cair dentro da geladeira fechada ou do forno, mas vindo de mim não seria impossível que o dente de alho aparecesse no Brasil.
Não tá em lugar nenhum. O risoto já tá pronto, eu já comi e ainda não achei. Eu simplesmente PERDI um dente de alho!!!!!
Vou ter que esperar o David, contar a estória mirabolante e ver se ele acha o dito cujo.
Começo a acreditar no livro que eu li quando era criança “O reino perdido do Beleléu”….

Se eu achar eu volto pra contar.