Eu acho tão lindo…

… Quando entro num blog do além, que nunca apareceu aqui, e tem meu link!!!!! Ou quando dou uma fuçada em quem assina e vejo nomes que nunca comentaram antes! É muito bacaninha. E eu ando com uma mania besta de diminutivos….

O cenário

O cenário da menina ruiva.

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Se olhar bem a foto, tem umas pessoas subindo uma rampinha e dá pra ver a ponte atrás da árvore…. 😉

Sensorial

“Sexo é sensorial”, disse uma amiga minha.
Eu sou extremamente e completamente sensorial em todos os momentos, não só no sexo. Tenho todos os sentidos aflorados, porque me preocupo em valorizá-los e deixá-los em alerta sempre. Preciso de toque, de gosto, de cheiro, de som, de imagem.
Se vejo algo bonito, paro e olho. Se sinto um cheiro que me agrade, eu fecho os olhos. Eu me permito o momento. Gosto de abraço de olhos fechados. Sabor eu testo com a boca cheia, todas as papilas gustativas têm de estar envolvidas. E tato, pra mim,  é fundamental. É pele, é energia, é calor, é a interseção entre duas pessoas. Existe muita metafísica no toque.
Não consigo conter minhas expressões faciais, meus toques, minhas caras e bocas. E gosto quando as pessoas são assim, sensoriais.
Eu ando na rua e sorrio para os outros, preciso interagir, preciso de seres humanos. Outro dia sorri para uma menina, ela me mandou um beijo. Aqui as pessoas não entendem o sorriso incondicional, mal sabem interagir com quem conhecem.
Aliás, quando volto minha atenção ao meu sensorialismo, percebo o quanto é difícil ser assim e morar em país não-latino.

Era domingo

E começou caindo o mundo. Acordei no meio do noite com o barulho de quase uma “águas de Março” Brasileira.
Saí de casa às 10:30, totalmente do contra, pra ir trabalhar. Pensar em me jogar na chuva e no vento, caminhar vinte minutos e ficar seis horas de um domingo chuvoso em pé estavam me desanimando e muito.
Logo que saí senti que o que eu via pela janela era muito pior na vida real!! O vento era o tal do mini furacão que ninguém assume!! Vinha de todos os lados. E vento e chuva na Inglaterra não combinam, você tem a nítida sensação de que chove de baixo. Pode sair com um guarda-sol e chegará no destino ensopado. Pior que isso é ficar usando o guarda-chuva de escudo, né… a água aqui é tão sem noção que você faz golpes de artes marciais com ele! Na frente, e não em cima da tua cabeça, é uma posição muito comum.
Eu coloquei meu casaco e botas a prova d´água, que são de inverno e me cozinharam viva, mas o resto exposto continuou molhado. O vento era tão sem noção que fez um penteado moderno no meu cabelo, que estava todo preso!!! Meu guarda-chuva se concentrou em movimentos de plié e relevé, abria e fechava, enquanto eu rezava pra ele não morrer no meio do caminho. A burra aqui ainda foi de bolsa de tweed, que chegou pingando na loja.
Como se não bastasse a caminhada debaixo de tudo isso, lembre-se que aqui é Outono!! Ahaaaaa! O manto de folhas secas no chão vira o que??? Sa-bão. Folhas molhadas e pisadas, amigo, é que nem black ice. Piscou, dá um “who´s bad” no meio da avenida.
Então a cena era a seguinte. Encapotada, morrendo de calor,  cabelo preso com penteado a la Cindy Lauper (crédito total do mini-furacão), guarda-chuva fazendo ballet com o vento, e sem piscar pra não levar um chão bonito.
Como estória pouca é bobagem, cheguei na loja e ela estava virada do avesso. Olhei e achei que tínhamos sido roubados, todas as jóias misturadas, derrubadas, como se alguém tivesse virado a mesa num momento-ebolição. Eu só sabia que tínhamos tido manutenção à noite, mas não dava pra acreditar que alguém da própria rede faria algo do gênero. Além disso, não dava pra saber se tava faltando alguma coisa, afinal, tudo estava emaranhado. E vocês não sabem o trabalho que dá arrumar e esticar colarzinho de um cabinete só, imaginem de oito!!!!! Passamos horas, eu e a Katie, fazendo trabalho de uma semana toda.
E não acabou!!! Os energúmenos que foram lá de noite deram pau na eletricidade. Nada funcionava, computador, PDQ, luz, telefone. Ficamos 2 horas sem eletricidade, sem poder vender. Depois de toda a loucura pra chegar na bagaça e encontrar aquilo daquele jeito, só uma noite gostosinha mesmo.

PS: É muito louco assistir à previsão do tempo na TV aqui… É nítido e óbvio que tem um furacão em cima da Escócia e eles só falam em “mild winds”. Dá pra ver o furacãozinho rodando no radar… dá pra sentir na pele e no cabelo… povinho mais esquisito!

Urgente

Porque eu já tô atrasada pra ir trabalhar, mas ando sem pressa nenhuma. Cai o mundo em água lá fora e a previsão de ter que caminhar embaixo dela me apetece muito e nada… É domingo.

 

… a cidade lá fora, com gentes falando sempre alto demais, sem parar, entrando e saindo de lugares, bebendo, comendo coisas, pagando contas, dançando alucinadas, querendo ser felizes antes da segunda-feira: urgente”

. Caio Fernando Abreu, em Estranhos Estrangeiros .

Twitter

Tô me achaaaandooo!! Ganhei REPLY do Rubinhoooooooo!!! Não foi RT, foi reply mesmo!

Eu mandei:

@rubarrichello vou ter que trabalhar amanhã e não vou te ver.. 😦 mas desejo toda a sorte do mundo e uma ótima colocação!!! pisaaaa rubinho!

Ele respondeu:

@rubarrichello @micastino bom trabalho ai e aqui…rsrs

 

Existe vida HUMANA em celebridade!!! 🙂

Bon há muito tempo

Eu tô pra contar direitinho a minha relação com Bon Jovi há muito tempo, mas hoje – depois de trabalhar 11 horas trocando tag – não vai ser o dia. Então vou dar uma rapidinha.
Pra quem não sabe eu não fui fã de Bon Jovi. Eu fui é retardada master mesmo. E, pelo amor de São Crispim, entenda Bon Jovi como a banda toda e não só o Jon. O Jon é JON Bon Jovi.
Enfim, comecei a gostar dos caras quando meu primo começou a aprender a tocar os primeiros acordes de guitarra. Ele tinha 12 e eu 9. Foi só começar a gostar, que ele passou a odiar coisas como “Wanted dead or alive”, só porque a irmã e a prima – meninas, pirralhas – gostavam.
Aos treze fui no primeiro show, no Pacaembu. Nem me lembro direito porque eu estava emocionalmente fora deste planeta – e vestia um jeans escrito BJ, uma camiseta do Fã-clube (eu era sócia do Living in Sin), boné escrito BJ e capa (ããã? – um lenço gigante com a cara do Jon nas costas). Sim, são os podres dos meus podres.
Os meus doze e treze anos foram praticamente abduzidos pela MTV, videoclips gravados do DiskMTV, FITAS CASSETES (sim…), e tudo o que você pode imaginar. Era uma ET, crente que ia casar com o Jon um dia – e acreditava piamente nisso.  Além disso me enfiava nas reuniões do fã-clube lá na Penha… fazia minha mãe  e minha irmã irem junto (minha irmã não pode nem ouvir as palavras BON JOVI que dá crise de catapora).
15 anos, segundo show. Ibirapuera. Mesmo esquema. Mesma demência.
15 anos, ainda, primeira viagem pra Disney. US$100 pra gastar com presenticos pra mim, tudo do Bon Jovi.
17 anos, mico na TV. Fui ao Programa Livre de gaiato ver o Jon ao vivo, a cores, a metrinhos mínimos de mim. Chorei do começo ao fim, de soluçar, da produção vir trazer água com açúcar. Quando ele me deu um tchauzinho do tipo “cala a boca, menina”, chorei mais ainda.
Depois dessa fase, passou um pouco. Continuo amando Bon Jovi, mas não sou mais retardada. Ano passado, aos 28, fui ao show aqui e foi, de novo, um dos melhores dias da minha vida. Meus olhos encheram de lágrimas, mas me comportei como uma mulher adulta que não os via há 13 anos.
Tudo isso pra falar o que? Que eu ando muito feliz! Que ano que vem eles estão voltando pra essas bandas!!!! E que este final de semana estarão aqui para o XFactor! E que semana que vem farão um show secreto em Londres e eu tô concorrendo a ingressos – então suplico: façam reza brava, please, eu mereço!!!!!!!!!
Se eu ganhar, juro que vou ser a pessoa mais feliz do mundo semana que vem!!!! 🙂

Na loja, ontem

Vocês já se perguntaram como a gente fecha o stall??? Simples, um monte de tábua de madeira por cima, pesadérrimas, que se encaixam e correm em um trilho. Trabalhinho do cão.
Ontem, 20h, eu já passava da metade das tábuas. Chega uma infeliz e diz que quer um reembolso por um anel que a pedra caiu. Falta de respeito, né… tá vendo que a loja tá fechando e as pobres coitadas, eu e Nicola, não somos as donas da bagaça e queremos ir pra casa.
Enfim, não só quis o reembolso, como depois virou pra mim e disse “dá pra você pegar aquele anel ali?”… Mano! Ela viu que tinha tábua até o rabo! Eu disse “Só se eu for por baixo”, ela deu uma risadinha cínica e eu fui… engatinhando, por baixo das porcarias das tábuas, abri o compartimento e a cara de quem viu um rosto saindo do além num armarinho de anel trancado foi impagável!!!! Dava pra fazer pegadinha!!!
Enfim, eram duas cidadãs. Fizeram a gente reabrir a loja. Acabaram comprando, mas deu raivinha. Próxima vez só reabro a loja se deixar cartão de crédito como garantia.

Aí pense no seguinte diálogo:

Mulher 1: De onde é teu sotaque?
Eu: Brasil…
Mulher 1: Acabei de voltar de Majorca…
Eu pensando, “Majorca não é lá exatameeeeeente no Brasil, minha senhorinha…” – OH, LORD.
Eu, tentando deixar a moça menos burra: Ah, você achou que fosse Espanhol? Muita gente acha que sou da Espanha…
Mulher 2: Achei que fosse Romeno…
Eu pensando, “Cuma???? E como é que é sotaque Romeno?”
Já me vi de collant, fazendo acrobacias nas barras durante as Olimpíadas! São os únicos Romenos que conheço…
Mentira!! Quem se lembra do Ion, que fez escola de inglês comigo??? Romeno gato, com cara de italiano e nome científico.
Cada uma pra minha lista que parece brincadeira, hein….