Você é uma mania inventada, aquele livro que nunca sai da minha cabeceira.
Uma página nova que corre em letras.
Um rabisco no canto direito, uma anotação no rodapé.
Você é o meu próximo capítulo e as páginas amareladas, marcadas pelos dedos de te ler demais. Você é o cheiro de biblioteca misturado ao cheiro de tinta impressa, você é o que gruda, o que fica, você é o que eu leio, o que me digere, você é aquela sensação de sempre querer mais, o nó na garganta de chegar perto do final, você é meu prefácio escondido na dedicatória.
Você é a edição que não esgosta nunca.
Você é o que está impresso aqui dentro e eu sequer tenho algum direito reservado sobre você.