Sobre Schwarzenegger

Eu mudo o rádio, porque começa uma musiquinha irritante. Ele pergunta:
– Quem canta isso?
– Aquela menina do Pussycat Dolls.
– Qual? A que só canta ha ha ha ha?
– Não. A Nicole Schw… schw.. Schwarzenegger.
– Schwarzenegger? Hahaha!
– Schwarzenegger, Schweppes, Sharapova, Schwarz, whatever.
– Schwarz?
– Jogador sueco da Copa de 94.
– Eu amo você.
– Então soletra Schweppes.
– S-c-h-w-e-p-p-e-s. Soletra Schwarzenegger.
– Sem Google?
– Sem Google.
Shoe-arts-n´-egg… errrrrrrr.
– Hahahahahaha “eeeeeerrrrrr”??
– Eeeeeerrrrr. Ronronando.

 

 

PS: Eu ia dizer Nicole xóxeformosdixarrete, mas acho que ele não entenderia.
PS2: Óbvio que eu usei o Google pra fazer esse post. Óbvio.

Boratborathalamhalam

No Mr. Cod, um restaurante fast food estilo McDonald´s, o indiano perguntou alguma coisa pro meu marido:
– Boratboratboratboratboratborathalalamhalalam?
Marido respondeu:
– Yes, please.
Eu logo dei um grito dizendo que não queria vinagre na minha batata (eu entendi, claro, sou poliglota), olhei feio pro marido prestes a cometer o maior crime da humanidade que se comete nessa ilha, colocar vinagre na batata frita, onde já se viu!
– Babe!! Ele ia por vinagre na minha batata e você só no yes, please?? Falei três vezes pra você dizer não pra ele!
– Ah, foi isso que ele disse?
– É! Você não ouviu? VINAGRAAAVINAGRAAA (fazendo sotaque indiano).
– Não…
– E por que você disse yes, please, então????
– Pra mim, ele perguntou se eu queria comprar o cara atrás do balcão. Do you wanna buy the man behind the counter boratboratborathalamhalam. Fiquei sem graça em dizer não.

 

HAHAHAHAHAHA de onde ele tira essas coisas???

200.154

Duzentos mil, cento e cinquenta e quatro acessos. Só fui ver isso hoje. O Samba ultrapassou a marca de duzentos mil acessos e, para um blog pessoal, sem pretensão nenhuma, isso é mais do que uma conquista!
Queria agradecer à cada um de vocês que passa por aqui para ler um pouco do que eu escrevo, para buscar inspiração ou se identificar. Nunca imaginei que um dia fossem ler meu caderno rabiscado duzentas mil vezes!
Muitíssimo obrigada, eu escrevo para que me leiam sim, e nada me deixa mais feliz do que conseguir tocar alguém lá dentro através da minha escrita. Isso, para mim, é uma honra indescritível, pois sei exatamente qual é a sensação de se ver e se sentir através de um texto.

E como diria Drummond em sua última crônica para o Jornal do Brasil, “aos leitores, gratidão, essa palavra-tudo“.

 

Nos vemos nos próximos acessos!!
Obrigada, galera! 🙂

Fraqueza

Se eu estiver num dia ruim, não precisa vir, não espero carinho de ninguém. Infelizmente aprendi a suportar as dores sozinha, a vida longe de tudo se encarregou de me ensinar. Mas se decidir vir, só te peço um favor: venha apenas com o coração. Caso contrário, respeite a minha fraqueza de longe.
Não é ego, não é drama, é apenas meu lado humano mais fraco. Pedras não ajudam ninguém a se levantar. Mãos, sim.

Preguiça unilateral

Não sei você, mas eu ando com uma certa preguiça do mundo ultimamente. Uma preguiça de interagir com as pessoas, de ir atrás,  alimentar, cultivar,  preguiça de regar cada relacionamentozinho com um regador  pesado demais. E não é desistência, é uma preguiça de unilateralidade mesmo. Talvez seja apenas uma fase de reclusão involuntária ou voluntária, talvez seja uma reação. Alguma superficialidade latente que me faz sentir como em uma competição de tempo, um dever de correr atrás de todos os vasos de relacionamentos humanos que eu tenho para regá-los. Todos os dias, todas as horas, uma corrida incessante que me deixa exausta e com sono. Queria uma estufa pra colocar todos esses vasos humanos e deixá-los lá crescendo, dando frutos, morrendo, que fosse.
Talvez seja apenas uma dessas minhas fases arredias, ariscas, esse lado meu é tão incógnito que nem eu mesma sei lidar. Talvez seja apenas um excesso de informação, de pessoas, de acontecimentos, talvez seja a hora de não somente parar de esperar qualquer coisa dos outros, mas também de aprender a ser seletiva.
A verdade é que a distância afasta e exige demais de você para que as coisas não morram. Preciso de uns dias em Júpiter, uma casinha perdida, um celular desligado, um livro, um pouco de amor e atenção reais, bilaterais, fáceis.

 

PS: Isso não é uma carapuça pra ninguém em particular, não a vista. 😉

Espaço

É que quando me abraça de conchinha, me puxa pra mais perto de você com essa sua perna comprida, e me aperta tão forte como se pudesse dar duas voltas em mim.
E então me beija o pescoço, e duas vezes o ombro, e cada tatuagem na nuca, como um ritual, e suspira no meu ouvido o amor em silêncio.
É que aí é onde me sinto seu mundo, seu pedaço, nossa verdade.
E você sabe que presto atenção em cada gesto seu, em cada palavra não dita e no quanto de paz existe dentro desse espaço apertado entre o meu corpo e os seus braços.

Coração branco

Hoje é um daqueles dias de coração dolorido, apertado, dia de coração branco, feito um inverno em mim. Como se sempre faltasse alguma coisa aqui, lugar físico, espaço, de dentro. Como se houvesse uma menina mimada esperando que você perceba e venha salvar o seu mundo. E que chegue bem perto e beije de leve meu joelho esquerdo, e que chegue bem perto e toque com dois dedos as minhas cicatrizes, e que chegue bem perto e conte dezoito beijos entre as minhas pálpebras e a curva do ombro.

Um post, ao invés de mil replies

Mais uma vez volto aqui pra responder às perguntas que vivem chegando via comentários: não estou me separando, gente, obrigada pela preocupação. Estou de férias no Brasil e volto pra Inglaterra logo.

Não se esqueçam que muito do que eu escrevo não tem absolutamente nada a ver com a minha vida, são insights, inspirações que eu pego do cotidiano, misturo comigo e mais um mundaréu de gente que encontro por esse planeta. Não pirem, tá! Beijos.