É que eu queria saber se quando a chuva chora triste na sua janela você pensa em mim.
Se o seu travesseiro também guarda flashbacks nossos que te invadem antes de dormir.
Queria saber se quando fecha os olhos consegue se lembrar do seu polegar no meu pulso direito, acaraciando o silêncio que dizia tudo o que não precisava ser dito.
Me pergunto se alguma vez alguma lembrança minha te fez sorrir. E se guarda em você alguns frames meus que te atormentam de repente no meio da multidão.
E se existe alguma coisa minha que te invade quando você menos espera e que fica. E se grita.
E se a saudade vira falta e a falta vira vontade de querer ter começado tudo de novo.
Eu só queria saber se existo aí dentro de você – onde pouca gente alcança – e se lá dentro a gente dói ou dança e acontece num universo qualquer.