A verdade é que somos viciados em amor. A única diferença entre mim e você é que não tenho medo dele.
É que eu não me conformo com o conformismo, meu amor é anárquico, intenso. É tempestade caindo em mim todos os dias e não tenho medo de me molhar.
Você substitui o amor engolindo paliativos, pequenas pílulas de carinho disfarçadas. Qualquer coisa que te garanta companhia em uma tarde fria de domingo. Qualquer coisa que deite na tua cama e anestesie essa solidão.
Eu não sei me conformar com paliativos, meu paladar distingue placebo de química. Não sei me contentar com o não-amor para encobrir o medo de ficar sozinho. Sou do tipo de gente que prefere a própria companhia à um amor placebo. Quando eu amo, eu pulo. Se eu amo, eu vou atrás.
E este também é teu medo.