Acordei com uma sensação de ser muito idiota, talvez aquela velha mania de olhar em volta quando as coisas estão mudando e tentar encontrar um motivo em si mesmo. Acho que sempre temos um porque que dependeu de atitudes nossas. Ou da falta delas.
Nem sempre a culpa do mundo é minha, eu sei, mas gosto de rever os cenários e procurar o que fiz para contribuir com tais situações. Pode parecer bobagem, mas eu sempre acho alguma coisa. As coisas andam em ciclos e os ciclos dependem de todos os pontos envolvidos.
Tenho uma sensação idiota de ter me perdido em uma estrada tortuosa, cheia de deslumbramento e distração. E sinto que foi tudo de propósito, que mais uma vez a vida se encarregou de colocar um violinista, uma banda de palhaços e alguns cachorros em cada curva, tudo muito bem enfeitado. Um teste de foco. E acabei me perdendo, ainda consigo ver o destino final, e sei que quero chegar nele, mas a estrada é tão interessante. Me perdi.
Preciso aprender a focar de novo, porque todo mundo neste circo está sendo pago, menos eu. Se eu me perder, não chego ao destino. Se não chegar ao destino, perco tudo o que tenho.
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Deixar de ser idiota é saber focar no que se quer lá dentro das entranhas. E você sabe muito bem o que é.
Sinto te informar, mas de idiota você não tem NADA!
Beijos, linda!