PSV Crônicas – Participe

Não resisti e escrevi pro PSV Crônicas. Tá, pra quem não sabe o PSV site é o Portfólio Sem Vergonha, um site criado pra ser uma mão na roda na vida de qualquer um começando carreira em Publicidade. Tipo de coisa que deveria ter existido quando eu era universitária e inventava briefs bestas pra minha pasta.
No PSV site, os briefs são desafios e participa quem quiser. Muito bacana.
Agora o @maurosergio, criador do site, lançou o PSV Crônicas. Mesmo esquema, mas para aquele escritor entalado na sua amídala, ou naquele calo do dedo do meio. O desafio que nasceu foi o “E se…”. Qualquer tema que comece com um “E se…”.
É, eu sou uma das juradas, por ser colunista da Casa do Galo, então considere minha participação um oops, I did it again. Café com leite, que nem quando eu era menor do que eu sou.

E se a gente não soubesse fingir?

E ele continuou a carta, apertando o lápis no papel: você me dói, você me dói como uma facada crua raspando a carne, pingando o sangue até chegar no fundo, como uma ferida antiga que não cicatriza e pulsa, pulsa pelo simples prazer de dizer que está aí. Que está aqui. Dentro. Mas não, não vou me deixar ser triste, vou beber muita vodka e te sumir de mim, me sumir de você. Vou fumar charutos e usar chapéu, vou deixar o bigode crescer. Vou comprar camisas xadrez e Levi´s 501. Vou usar sapato de bico fino e corrente no pescoço. Qualquer coisa que me faça esquecer de mim, de você, qualquer coisa que me faça esquecer de mim sem você e que invente um novo eu, um novo que nunca te viu. E o que é eu sem você… Não sei, juro que ainda não sei. Você veio e levou tudo o que eu tinha de bom, trancou os meus sentidos fora de mim. Mas eu vou, olha, veja bem, eu vou superar. A vida está aí, o sol está aí, se a vodka é café, o café é a vodka, já não sei. Só sei que você me dói, cara, você me dói pra caralho.
Apertou o lápis num rabiscado eu te amo, quebrou a ponta. Dobrou o papel, deu mais um gole na vodka, ou no café – não sei, e guardou a carta na gaveta do criado-mudo. Levantou e continuou: o sol lá fora, a escova de dentes, a chave do carro. Estava atrasado para o trabalho, tinha reunião logo cedo.

Vai lá, escreva, participe, comente, dê notas: www.psvsite.com/cronicas

Cemetery Junction

Pra quem mora aqui em UK, já deve ter ouvido falar ou assistido ao comercial na TV sobre o novo filme de Ricky Gervais (o cara do ‘The Office”, o diretor do museu de “Uma Noite no Museu”), chamado Cemetery Junction.
O roteiro é sobre um lugar em Reading, Inglaterra, que – acreditem – é quase a esquina da minha casa. É onde fica o Palmer´s Park, o parque onde eu vou caminhar, correr, andar de bicicleta. É onde eu ia fazer mercado no Coop em dia de neve, é onde fica o Mr. Cod, melhor hamburguer de Reading.
Pois é. Cemetery Junction faz parte da minha vida, da minha rotina. Eu moro na London Road e ela termina lá. Literalmente a três quarteirões da minha casa.
A gente sempre ouviu dizer que o Ricky tava gravando aqui, mas não deu nunca pra ir ver. Agora o filme estréia dia 14 de Abril e eu não vou estar aqui pra assistir, mas quem puder, dizem que vale muito a pena.
Vai ser muito doido pra mim ver “a esquina da minha casa” como assunto principal numa telona, não vejo a hora.

Trailer:

Meia pessoa e iupi feelings.

É. Eu sou só a metade de 1,57m hoje.
Essa semana foi pior, acreditem, pior do que as minhas ex-semanas-de-fashion-week. Isso porque em fashion week eu me matava, não comia (ou só comia comida boa de catering), não fazia xixi, só corria que nem uma louca, MAS eu me divertia. Era bacana.
Essa semana não foi nada divertida. Depois de trabalhar em Londres e ter que viajar 2 horas pra ir, 2 pra voltar (por causa da greve do metrô) e no meio de tudo, ficar em pé por oito horas, teria (preste atenção na conjugação do verbo) dois dias de folga.
E no dia em que eu achei que não fosse fazer nada, fui chamada pra trabalhar porque uma das meninas estava doente. Já cheguei lá puta da vida, cansada, mas ok. Tinha “me dado” a sexta de folga, pra substituir.
Pense em dez horas em pé por dia, trabalhando. Na quinta à noite coloquei meu alarme pras 11:30 da manhã, só pra ter certeza de que não dormiria o dia inteiro. Pra quê… SETE E MEIA toca meu celular. A viada da outra menina tava doente (mentira, todo mundo sabe que ela queria viajar na Páscoa). Fiquei puta da vida, mas como sou subgerente, não tem staff suficiente e a gerente tava em Londres, tive que ir trabalhar. Mais dez horas. Vocês não têm noção do quão puta e quão cansada eu estava esses dias.
Enfim, hoje é meu primeiro dia de folga depois de uma maratona que eu quase não aguentei nem com litros de café. E pra comemorar, com Páscoa e tudo, uma bela dor de garganta e febre. Óbvio, trabalhando horas em pé, vivendo de sanduíche e salada, e indo e voltando de bike na chuva, não tinha outro grand finale, né.
Segunda e terça são os únicos dias que tenho pra resolver tudo antes de viajar, inclusive fazer a mala. Inclusive descobrir como fazer dois corpos ocuparem o mesmo lugar no espaço (da mala) e pesarem a mesma coisa.
Domingo que vem trabalho até às 17h e meu Eurostar tá marcado pras 20:30h. Já viu que a pequena criatura vai fazer um cooper, né! Mas daí, Paris. E só Deus sabe o resto do rumo do meu mochilão até eu pisar em CASA (leia: Brasil) no Sábado, dia 17.

Sobre biotipos e legumes

De TPM, lendo revista com biotipos femininos.

– Babe, qual desses biotipos sou eu?
– Ã?
– Assim, ó. Eu pareço uma maçã, uma ampulheta…?
– Sei lá.
– Ó, tem até desenho, qual deles?
– Nenhum.
– Como assim, nenhum???
– Ah, sei lá. Você parece um pepino com um tomate em cima.
– Ããããããã? Puta merda, babe!!
– Tá, pepino, não. Um picles em conserva, que é menorzinho.
– Caramba, babe! Não tá melhorando…
– Tá, então é uma pêra.
– E minha bunda é grande assim?
– Hahaha.
– E você nem gosta de picles, nem de tomate.
– Eu sou homem. Pra mim você parece uma mulher linda e pronto.
– Já disse que eu pareço um picles com um tomate espetado, agora nem vem. Vai trepar com um picles hoje à noite.

Nessas horas que eu me pergunto: pra que perguntar, Milena, pra que?

Preparar para a decolagem

Finalmente chegou o dia de escrever este post.
Depois de um longo e demorado ano sem voltar ao Brasil, depois de dois anos fora de “casa”, é, eu tô indo. Só pra passear, calma, não chutei o balde e não larguei minha vida aqui.

Dia 17 de Abril, em duas semanas, chego no Brasil. Sampa, querida, que dá saudade até do cheiro do Tietê. Não vejo a hora. Além disso, passarei meu aniversário (de novo) no Brasil, e dessa vez é TRINTA, galera. Cercada de família, amigos! Menos o David, que vai ter que trabalhar, mas eu volto um dia depois do meu aniversário e quem me conhece sabe que eu comemoro meu aniversário em uma semana inteira! Haha.

Minha passagem já tá marcada e o mais legal de tudo é que saio da Inglaterra no Domingo, dia 11. É, minha prima está vindo pra Paris e eu vou encontrá-la no meu paraíso particular!! Chego em Paris Domingo à noite e de lá, resolveremos o que fazer até Sexta. Não vejo a hora de pisar na cidade que eu amo e cumprir minha promessa de = Paris, pelo menos 1 vez todo ano.

Por enquanto tô numa correria enlouquecida no trabalho e nem pensei ainda em arrumar malas. Só sei que terei três dias de folga essa semana, por causa da Páscoa, e vou ter que fazer tudo, absolutamente tudo, neles. Além disso, a mala permitida pra vôos assim é de 20 kilos, então, acredite, esse é meu maior problema no momento.

Passaporte na mão, vôo e trem marcados, visto estampado. Agora é só esperar a alegria. Não vejo a hora de amassar meu cachorro e comer mamão no café da manhã!!!!

Brasil, aí vou eu!! Circula a Vila, que eu vou me jogar num barril de chopp Brahma!!!!!