“Não sei como me defender dessa ternura que cresce escondido e, de repente, salta para
fora de mim, querendo atingir todo mundo. Tão inesperada quanto a vontade de ferir, e
com o mesmo ímpeto, a mesma densidade. Mas é mais frustrante. Sempre encontro a quem
magoar com uma palavra ou um gesto. Mas nunca alguém que eu possa acariciar os cabelos,
apertar a mão ou deitar a cabeça no ombro. Sempre o mesmo círculo vicioso: da solidão
nasce a ternura, da ternura frustrada a agressão, e da agressividade torna a surgir a
solidão. Todos os dias o ciclo se repete, às vezes com mais rapidez, outras mais lentamente.
E eu me pergunto se viver não será essa espécie de ciranda de sentimentos que se sucedem e
se sucedem e deixam sempre sede no fim.”Caio Fernando Abreu
Hoje eu segui um link no seu blog e caí no Casa do Galo. Lendo um texto, comecei a estranhar a forma confusa, a falta de criatividade e as repetições sem graça, e pensei “puxa, a Milena estava realmente pouco inspirada nesse aqui”. Já estava triste em me decepcionar com a minha blogueira favorita quando percebi que, na assinatura, o nome era outro… ufa! Querida, há vários escritores ‘bons’ no mundo. Esse é tão bom que escreve para o mesmo site que você. Mas você está um patamar acima. Sinto falta dos seus textos, eles fazem parte do meu feed cotidiano… arruma um tempinho, vai!
Bjoo!
Ah, Pri fofa! Eu não sei qual texto que vc leu, mas entrou um meu lá na Casa essa semana: “Criatividade é uma questão de pular ou não.” Já leu esse? Vai lá: http://www.casadogalo.com
E eu postei outro texto aqui hoje logo depois que li seu comentário, acabou me inspirando!! 🙂
Beijo
Conhecia quase nada de Caio Fernando Abreu. E tudo o que já li foi apenas aqui. E gostei muito.