Fazer o bem sem olhar a quem

Eu sempre procuro ajudar o próximo, fazer qualquer coisa que melhore um pouco a vida de alguém. E faço isso simplesmente por me fazer muito bem.
As minhas boas ações não se resumem à esta época do ano, mas eu sempre dou uma espremidinha a mais no Natal, principalmente quando tenho grana sobrando. O ano passado, mesmo sem estar trabalhando, mandei mais de R$ 100 em presentes para um vilarejo carente no Ceará, onde uma amiga minha faz um projeto lindo de Natal. Comprei tudo nessas lojas de “a partir de R$1,99”. Minha irmã gastou mais R$ 100. E quando minha amiga mandou as fotos das crianças com os brinquedos que eu tinha comprado, tudo se resumiu ali. Em fazer a diferença, principalmente numa época que é tão mágica para as crianças. Numa época de sonhos, esperança, e crenças que nunca mais voltarão quando elas se tornarem adultos. Na verdade, a única coisa que entenderão mais tarde é que não existem somente pessoas ruins neste mundo.
Eu passei o ano todo doando R$ 10 por mês para um garotinho de 2 anos com AIDS, o Gustavo. Doei através do CCI, uma Ong que cuida de crianças com o vírus. E sei que meu dinheiro pode ter sido  pouco, mas fez muita diferença na vida do Gustavo. Deu para comprar o Sustagem dele todo mês.
Além disso, já trabalhei em várias ocasiões para o VIVA, uma associação linda que faz eventos para as crianças doentes em hospitais de São Paulo, além de ter um grupo de voluntários de Contadores de História. Eu queria ser Contadora, mas precisava de um curso de dois anos, parece. A coisa é séria. Então, participei como voluntária de algumas festas de Natal e Dia das Crianças. Fiquei na barraca de pintura de rostos no Hospital Emílio Ribas, pintando os rostinhos cheio de esperança de crianças que passavam a vida lá. Eu ficava o dia todo sentada fazendo isso, chegava em casa quebrada, com dor no corpo todo. Mas valia muito a pena.
Fora isso, já viajei quilômetros para fazer festas de Natal em orfanatos. Sem dizer que doar sangue é uma obrigação, já que meu sangue é O positivo – doador universal. Uma idéia muito legal que eu, minha irmã e minha mãe tivemos há muitos e muitos anos: compramos panetones e brinquedinhos e deixamos no carro. Perto do Natal, quando alguém me pede esmola, adulto ou criança, eu dou um panetone ou um brinquedo. E a noite de Natal é a mais importante. Quando eu era pequena, a gente colocava os brinquedos que não queria mais no carro e, ao ir jantar com a família, distribuíamos nossos brinquedos nos faróis. É lindo fazer isso na noite de Natal.
Mas quero falar hoje é de uma iniciativa muito bonita. Recebi um email com esta mensagem e tô indo esta semana fazer a minha parte. Acho que se pudermos fazer a felicidade de uma criança, que seja, já é muita coisa.
Os Correios recebem todo ano cerca de 17 milhões de cartinhas de crianças pobres para o Papai Noel, e o pedido vai desde bicicleta até panetone e blusa de frio para a avó. Nós podemos fazer a diferença: ir a qualquer agência, solicitar quantas cartas quiser e entregar o presente nos Correios até o dia 20 de Dezembro. Eles entregam sem cobrar o frete.
Que tal lançarmos esta idéia? Alguns voluntários já o fazem, acho que chegou a nossa vez!

Na vida, a gente passa por 3 fases.
A primeira, quando acreditamos no Papai Noel. 
A segunda, quando deixamos de acreditar.
E a terceira, quando nos tornamos Papai Noel.

PS: Seja voluntário o ano todo. Ficam aí algumas dicas de Ongs para as quais eu contribuo. Entre neste SITE e descubra uma Ong que precisa de você!! E, como sempre digo, todo voluntário, tem obrigação de – antes de qualquer coisa – tomar a atitude mais simples: doar sangue.

Olhinhos de bicho

Tenho um problema sério com animais. Sou extremamente apaixonada por qualquer bicho (excluindo uma boa parte de insetos). Sou fraca, tenho coração mole, e tenho certeza que, se tivesse uma casa grande, seria daquelas que saem pegando animal abandonado na rua…
Ontem assisti ao Globo Repórter  e, não dá, eu não posso ver cenas de maltrato que eu choro compulsivamente. Ontem foi de arrepiar ver um cara enfiando uma faca na cabeça de uma tartaruga, ver aquele Pintor Verdadeiro (um dos pássaros mais lindos que existem) agonizar até a morte por falta de ar, comida e água.
Outro dia vi um cachorrinho na rua, de coleira, todo estrupiado e, cara, se vocês olhassem nos olhinhos dele… Ele era puro desespero, com certeza estava perdido. E eu não pude fazer nada porque estava dirigindo e meu cachorro insandecido estava comigo. Mas eu chorei, chorei, até chegar em casa. E rezei para São Francisco de Assis para colocar um anjo no caminho dele.
Eu sou assim, me bate um desespero quando vejo cachorro ou gato atravessando a rua. Um dia, na praia, tinha um carro na minha frente com um cocker na janela. O trânsito estava fluindo e – juro – o cocker pulou a janela e foi parar no meio da avenida – com o carro andando!!! Eu virei meu carro de lado, parei o trânsito todo e quase tive um enfarte até tirarem aquele cocker do meio da rua…. Hedgehog então (os ouriços terrestres da Inglaterra) eu só vi morto e atropelado. Mas tudo isso não passa de acidente. O que me revolta é o tráfico de animais, o maltrato, a crueldade. Eu não entendo como uma pessoa pode olhar nos olhos imensamente expressivos de um bicho e lhes fazer mal. Eu abomino o tráfico de animais tanto quanto o de crianças.
O que eu não entendo é que neguinho que mata a família inteira de chimpanzé pra roubar filhote, ou rouba arara-azul – que é monogâmica, passa pela delegacia, recebe uma multa – que nem é paga – e fica por isso mesmo. Meeeu, os caras fazem rapel pra roubar ovo de arara-azul!!!! Isso eu não engulo… Tráfico é tráfico. O que é ilegal é ilegal e pronto. Se eu sair por aí vendendo cocaína eu vou ser presa e vou responder à Justiça. Agora se eu sair por aí vendendo filhote de pássaro silvestre, não acontece nada. Tem tanta coisa errada neste país que desanima até reclamar.

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Pintor-verdadeiro, um dos tesouros deste país.

Aquecimento global e a dengue

BLOGAGEM COLETIVA para a prevenção e conscientização da DENGUE.
Depois do assunto sério, tem um conto embaixo…

 

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Dia de blogagem coletiva. E nada mais sério para falar do que o combate à Dengue. Parece redundante, mas ainda vivemos à espreita desta epidemia. Incrível como as pessoas ainda não levam o assunto a sério…

Mais do que falar sobre a prevenção contra a dengue, acho importante ressaltar os riscos para o futuro. As previsões para a equação “aquecimento global + mosquitos transmissores de doenças” são alarmantes. Por isso, mais do que em qualquer outra época das nossas vidas, PREVENIR É ESSENCIAL. Principalmente com a quantidade de chuvas que temos tido.  

As alterações climáticas, como as chuvas mais intensas e persistentes na América do Sul, frutos do aquecimento global, aumentam o risco futuro de epidemias causadas por mosquitos. O aumento da temperatura global influi diretamente na expansão da dengue ao alterar a freqüência das chuvas.  Na Bolívia, por exemplo, imensas lagoas surgiram nos últimos três meses resultantes das chuvas na Amazônia. E estas lagoas têm alimentado a reprodução do mosquito transmissor da dengue.

O aquecimento global acelera o desenvolvimento do vírus, amplia a zona de influência do mosquito e sua capacidade de adaptar-se a temperaturas mais frias. Por isso é importante manter a prevenção, mesmo quando o termômetro indicar apenas 15 graus.

Existem previsões de que o planeta vai ter sua temperatura elevada em 4 graus centígrados nos próximos cinquenta anos. Isso pode parecer não tão amedrontador para nós, que estamos acostumados com o calor, mas para muitas espécies quatro graus significarão a extinção. Além disso, os países considerados “temperados”, com clima mais amenos, sofrerão o aquecimento, o que ajudará a propagação de mosquitos transmissores de doenças como a dengue.

O mais assustador é que em alguns países a temperatura não chegará a menos de 15 graus, não atingindo o frio suficiente que  mataria os mosquitos e suas larvas. Desse modo, com a temperatura sempre favorável, não haverá mais uma estação específica para os surtos de dengue. Os mosquitos que deveriam morrer no inverno, sobreviverão e procriarão para o próximo verão, em números cada vez maiores. E o aumento de temperatura no mundo fará com que a dengue apareça em países nunca antes cogitados.

No Brasil, foram registrados 79.732 mil casos entre janeiro e fevereiro deste ano, quase 30% a mais do que em igual período de 2006. Metade deles ocorreu no Mato Grosso do Sul, que faz limite com a Bolívia e o Paraguai. A variante hemorrágica afetou 55 pessoas, das quais seis morreram.

Uruguai e Canadá são os únicos países da América livres da dengue autóctone. “Os mosquitos transmissores são extremamente sensíveis à mudança climática”, disse no começo do mês o ministro argentino da Saúde, Ginés González García. “Os ventos, a temperatura e o regime pluvial são fatores decisivos para a sua propagação”, advertiu em uma viagem à fronteira com o Paraguai. O médico Alfredo Siejo, encarregado da unidade de dengue do Hospital Muniz, de Buenos Aires, especializado em enfermidades infecciosas, destacou que os focos de dengue coincidem com o momento de maior intensidade do El Niño, fenômeno climático periódico associado a flutuações da pressão atmosférica e da temperatura da superfície do Oceano Pacífico, que este ano afetou principalmente a Bolívia.

Desde a década de 70, na medida em que aumentava a temperatura global devido à mudança climática, as tempestades, chuvas e outros fenômenos extremos associados ao El Niño se tornaram mais freqüentes, intensos e persistentes. Existe risco de as alterações climáticas ampliarem a distribuição geográfica de doenças como dengue, malária, leishmaniose, mal de Chagas, e, ainda, que se prolongue a estação na qual os agentes transmissores dessas doenças se reproduzem.

Vale lembrar algumas coisas quase nunca citadas na prevenção:

– Quando descongelar a geladeira que não estiver sendo usada, seque-a por dentro com um pano. Eu já vi geladeira desligada ser berçário de mosquito!
– Vasos sanitários não usados também têm água parada!!! Se houver algum, mantenha sempre fechado e dê descarga regularmente.
– Água da chuva também acumula em poças que, se não secarem por um bom tempo, darão um ótimo jardim-da-infância de mosquitos! Jogue areia ou seque com um rodo.

A velha dica:

Preste atenção em qualquer coisa que possa acumular água parada. A natureza por si só já cria inúmeros locais para os mosquitos colocarem seus ovos: bromélias, lagoas, poças, troncos de árvore, etc. Temos que fazer a nossa parte e exterminar os possíveis berçários causados por nós!! Por isso, de olho nas garrafas, vasos, pneus, lonas, caixas d´água e qualquer situação que possa acumular água, mesmo no frio!!!!

* Fonte: http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=26773

Santa Rita do Riacho Longe

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Era uma cidadezinha dessas bem pequenas, que se resumem à rua principal e ao coreto da praça. Tinha ruas de paralelepípedos e casinhas brancas, cada qual com o beiral da janela de cor diferente. Tinha também uma capela que nem poderia ser chamada de igreja, pois não tinha tamanho para isso. E, claro, havia o sino da torre da capela.
Santa Rita do Riacho Longe era assim, longe do riacho. E a capela, claro, era Paróquia de Santa Rita. Atrevo-me a dizer que lá em Santa Rita tinha mais devotos da Santa do que em qualquer outro lugar do mundo. Toda casinha branca tinha um oratório onde a imagem central era dela.
A cidadezinha parecia outra qualquer, perdida na imensidão do Brasil. Ficava perto de São José do Rio Pequeno, onde o rio era pouquinho, e de São Sebastião do Rio Manso, onde o rio, claro, era calmo. calmo. Além disso, fazia divisa com Nossa Senhora do Riacho Pardo e Santa Terezinha do Ribeirão. E como qualquer outra cidadezinha, Santa Rita tinha a rua 7 de Setembro, a avenida Brasil (que nunca chegou a ser avenida, tão pequena era a cidade), e a praça da República, que era na rua 15 de Novembro – onde tinha o coreto.
As pessoinhas de Santa Rita pareciam-me todas iguais, de cabelinhos brancos e sorrisos vastos. Eram na maioria velhinhos que seguiam uma rotina extremamente entediante para uma pessoa da cidade grande, como eu.
O sino da igrejinha tocava todos os dias às 7 horas. E toda a Santa Rita do Riacho Longe assistia à missa, desde os de cabelinhos brancos, até os meninos que iam para a escola. E a escola, Doutor João Marino, era a única por lá.
Depois da missa, era sempre a mesma coisa. Seu Teobaldo e Seu Felício colocavam cadeiras na porta de suas casas para jogarem conversa fora. Dona Mariazinha, Dona Maria e Dona Maricota ficavam na igreja para rezar o terço. Dona Amélia, Dona Margarida e Dona Rutinha iam para a casa de Dona Filipina para fofocarem e comerem bolo de mandioca. Seu Romão, Seu Totonho e Seu Rubaldo sentavam na praça para jogar dominó. Seu Domingos, Seu Damião, Seu Zézinho e Seu Tonico se juntavam no coreto para tocar chorinho. E Dona Marta, Dona Carmela e as quatro irmãs que nunca se casaram – Lurdes, Ludimila, Luana e Luísa – assistiam ao chorinho e arranhavam a cantoria.
O resto fazia as coisas de sempre. A venda do Mathias abria e os cachorrinhos entravam, a quitanda do Seu Manoel exalava cheirinho de goiaba, o boteco do Seu Abreu já servia pinga pro Teodorinho, a floricultura da Carmem enfeitava a cidade, o padre Joaquim se retirava para um cochilo, Seu Moisés brigava com Dona Flora por causa do café fraco e Seu Terence visitava Dona Clotildinha que, na verdade, queria ser visitada por Seu Almeida, o farmacêutico.
Os meninos iam para a escola João Marino e passavam a tarde na praça fazendo lição de casa ou brincando de bola e bicicleta. Sonhavam um dia em sair de Santa Rita. Alguns até saíam, faziam universidade em São Sebastião do Rio Manso ou em São José do Rio Pequeno. Arthur, neto de Dona Filipina, foi o único na cidade toda que tomou coragem e se mudou para São Paulo, bem longe de lá. Falava-se com orgulho dele há muitos anos: “Foi pra São Paulo”. O resto acabava ficando pelas redondezas, com medo das cidades grandes. Mas o mais impressionante é que, cedo ou tarde, eles sempre voltavam.
E por isso que Santa Rita tinha tantos velhinhos e quase nenhum jovem. Porque eles iam embora ainda verdes e voltavam maduros. E eles diziam por lá que era por causa do riacho… Diziam que Santa Rita do Riacho Longe era tão longe do riacho,  que os meninos saíam pra procurá-lo e só voltavam de cabelinhos brancos.

* Todas as cidades são fictícias… eu acho!

Consciência racial

Ai gente… preciso falar um pouco sobre este feriado, mas espero que as pessoas não me entendam errado. Por isso peço que, se for ler, preste muita atenção para não vir com patadas sem motivo.

Bom, antes de mais nada, tenho que esclarecer que não sou absolutamente nada racista ou preconceituosa, muito pelo contrário. Acredito piamente no ser humano como Homo Sapiens e não com subdivisões. Além disso, sou como muitos brasileiros, fruto de uma miscigenação maravilhosa de povos, o que me faria ir contra mim mesma se fosse preconceituosa. E é exatamente essa miscigenação  que eu mais amo neste país e o que mais faz de nós, brasileiros, especiais em tudo.
Mas juro que não entendo este feriado da Consciência Negra. Eu, particularmente, acho muito mais preconceituoso decretar um feriado em razão disso do que se não houvesse. Tanto que o feriado se chama “Consciência Negra” e não “Dia do negro”, porque isso sim pegaria muito mal – e pelo jeito, alguém pensou nisso. Sendo “Consciência”, a gente cai na desculpa de que o feriado é para nos fazer refletir sobre a raça negra. Mera ilusão.
Eu acho esse feriado, assim como o dia do Índio, o fim da picada. Tenho a sensação de que decretar feriados para homenagear outras raças faz o “branco” parecer ainda mais superior. Afinal, quem somos nós para homenagear outros absolutamente iguais à nós???
É isso que eu não entendo… O fato de um “branco” designar um dia para homenagear o “negro” ou o “índio” tem muito preconceito enrustido. Porque não existe o “dia do branco”??? Porque é o branco quem determina quem vai ser homenageado? Para remediar os erros do passado e deixarem os negros e índios um pouco mais felizes? Para que eles se sintam importantes e nivelados aos próprios brancos? Isso sim é racismo, por isso que não concordo com este feriado.
Vocês podem estar pensando “ah, mas tem o Dia do Índio há tanto tempo”… Mas gente, para que serve o Dia do Índio? Só para lembrarmos quem foram os índios que foram exterminados por nós mesmos? Eu acho que o dia do Índio surgiu com a idéia de jogar nossos erros do passado debaixo do tapete e dizer “bom, a gente massacrou com os índios, vamos eleger um dia para nos lembrarmos deles”. É a velha estória do Dia dos Pais e das Mães. Não tem que ter UM dia para isso.
Não quero instigar nenhum tipo de preconceito, mas acho infeliz a idéia de quem inventou isso. Simplesmente não entendo. Acho pior ainda os negros se sentirem honrados por isso como se tivessem ganhado um presente. Gente, nós não temos o direito de dar um presente que determine ainda mais uma diferença, porque somos todos iguais!!! Não entendo o sentido de tudo isso…. Se é para homenagear os povos que fizeram o nosso país, teríamos que ter o dia do Japonês, do Judeu, do  Chinês, do Holandês, do Francês. Agora se é para homenagear as raças, tenhamos então um dia para todas elas. Ficaria muito mais bonito… Façamos um “Dia da Consciência Racial”, onde as pessoas possam refletir na diversidade que este país tem, e em toda a contribuição de cada uma das delas! Sem distinção e pensando no ser humano como um todo.

Por isso aproveito este post e o dia de hoje para convocar uma conscientização sobre todas as raças que fizeram este país. Negros, brancos, índios e amarelos. Com todas as suas heranças, erros, acertos, cultura, arte, linguagem… Façamos uma homenagem pela contribuição do ser humano no país, com temperos únicos e imprescindíveis de cada raça. Temperos estes que nos transformaram  em um único povo, cheio de riquezas e tradições: o brasileiro. Esta mistura sim, é que é a nossa herança mais bonita.

Espero que tenham entendido meu ponto de vista.

Debaixo do meu guarda-chuva

O show ontem foi incrível, quase três horas! E a melhor parte foi quando Ivete fez um revival de Carnasampa e cantou músicas da Banda Eva, como “Alô paixão” e “Vem meu amor”. Eu aaaaamo as músicas da época do Eva!!! Tudo bem que só dava eu e a minha amiga cantando, afinal, o público ali devia ter uns seis anos em 95…  E também tinha umas entidades dançando lambada! Quaquaquaquaquaqua!!!!! Pense num casalzinho na pista que dançava lambada como se tivesse pulando em brasa, um show de horror!!!

Enfim… Hoje fiquei pensando… que diabos levam certas pessoas a fazerem músicas retardadas??? Ouvi mais uma vez a chatice da Rihanna com seu “Umbrella”… me pergunto indignada o que faz um ser humano ouvir um treco desses na própria língua e achar bonito!!!???
“Debaixo do meu guarda-chuva, uva, uva, hey, hey, hey, debaixo do meu guarda-chuva, uva, uva…” Aaaaaaaaaaiiiiiiii!!!! Pior é que Jay-Z tem contribuição nesse lixo…
Mas por falar em lixo, me sinto obrigada a falar na DUQUESA DOS HORRORES, aquela mais energumenamente inútil para a humanidade que Paris + Lindsay + Britney + álcool + Ibiza – calcinhas: Fergie. Como eu odeio essa infeliz!!!
Uma cidadã que faz caras e bocas cantando coisas desse naipe não merece absolutamente nada.  “Eu misturo seu leite com meu chocolate em pó, leite, leite, chocolate“, ou “Minhas lombadas, minhas lombadas, minhas lombadas, minhas adoráveis lombadas de mulher”. Ah, vai cortar cana na roça, amiga, pegar caminhão de bóia-fria!!!! Tá certo, hump não quer dizer lombada, quer dizer protuberâncias. Mas na Inglaterra, onde a infeliz é a duquesa, hump tem na rua e é pra diminuir a velocidade dos carros!
Bom, dá pra enumerar uma lista gigantesca de absurdos dessa porcariazinha loira de meia-tigela. Tá, ela é bonita e patati, patatá…. Mas até aí, bule!! Uma mulherzinha que humilha a própria feminilidade e se prontifica a cantar essas bostas devia ser colocada no meio da Piazza San Marco por um mês, cheia de milho.
O povo reclamava de É o tchan e canta “Fergalicious, é tão deliciosa, toda vez que eu me viro os caras se reúnem, sempre me olhando de cima até embaixo, olha para o meu uuuuuh eu só quero dizer, não tô fazendo drama, não quero roubar teu homem, sei que estou um pouco convencida mas é que eu fico repetindo o quanto os meninos querem comer isso…”… “Tão deliciosa, mas não sou promíscua”…. Aaaaaaah, morde a testa, estúpida!!!!

Geeeente, pelo amor de meu São Crispim, peeeensem antes de cantar músicas em outro idioma ok? Joga no Vagalume, procura a tradução e veja o que a coisinha quer dizer!!!! Não cantem “My humps” como se fosse “My way”, certo???

Desculpem, mas eu não tenho como não querer FORCA em praça pública para a Fergie…  e a ANTA ainda faz um clip para a música “London Bridge” filmando a ” Tower Bridge”!!!!! Aiiiiii Jesus amado!!! Alguém salva essa alma infeliz que de repente ainda dá tempo!

Saco

Saco, saco, saco, saco, mil vezes saco. Se minha avó estivesse viva, teria um chilique comigo falando isso – dizia que era muito feio para uma menina. Aí eu imitaria meu avô e diria sacola. Ou caspita. Enfim, que diferença faz….
Tô irritada e meio. Tem pessoas que simplesmente tem uma facilidade espontânea de me tirarem do sério. E nem precisam de muitas palavras.
É… o bom e velho karma, aquele que faz a gente trabalhar os nossos próprios defeitos através dos outros…

Vou afogar as mágoas no show da Ivete e já volto.

O gemido da alma

Era isso que estava escrito à caneta em um pedaço de papelão, onde dormia um mendigo na Praça da Sé…