Feijao em lata!!!

To postando do outro lado da bolinha azul!! Cheguei hoje na Inglaterra e to podre! Preciso arrumar este teclado, as minhas malas, resolver uns pepinos e otras cositas mas com meu maridinho antes de postar de verdade!

Amanha eu volto renovada de corpo e alma!!!!! Hihihihihih….

Inicia-se a nova Tag Feijao em Lata, para posts postados – oh que lindo! – diretamente das terras de Dona Beth!!!

Algumas considerações sobre 1 semana de balada non-stop

* Porque cargas d´água eu não descobri Farufyno no Grazie antes??
* Show do Porto no KiaOra fechou com chave de ouro, me despedi dos meus queridos músicos!!!
* Não entendo porque passei tanto tempo sem me jogar numa baladinha…
* Quanto gringo nessa cidade!!
* Fiquei pobre;
* Amo samba-rock cada vez mais! Viciei em Farufyno!
* Continuo fazendo aquela cara blasé, com a boca semi-aberta e olhar retardado fixo… mas dessa vez não é calor, é sono.
* Vou ME CORROER de saudades dos meus amigos!!
* Queria ver Marlon e Maicon de novo!
* Quero mais balada!!!
* Meu fígado pede estado de atenção…
* Xaveco faz bem pro ego.
* Fiquei a perigo, Sr. Gringo que me aguarde…
* Quero mais balada!!!! Mas só depois de dormir oito horas seguidas…

 Não pára, não pára, não pára não!!!!!!!!!

Socoooorro!!!

Essa vida de balada tá acabando com o meu corretivo….

Tapada

Pra que tecnologia né, minha gente??

Tô tão acostumada com aquelas portas que abrem só da gente chegar perto que hoje dei de cara no vidro. Não fiquei parada, esperando abrir e fui. Que mico.

Sentir

Ele tinha tantas coisas na cabeça, nada no coração. Era frio, ríspido, grosseiro e indiferente. Tratava as pessoas de modo hostil e rude, não somente os subordinados. Para ele, as pessoas não tinham valor. Seres humanos eram robôs estúpidos que viviam para morrer. Passavam a vida trabalhando e reclamando da falta de tempo. Desprendiam uma infinidade de horas fazendo dinheiro, para gastá-lo. Engraçado, ele reclamava, mas era absolutamente assim. Sem tirar nem por.
Não tinha namorada, resolvia seus problemas em bordéis urbanos, com prostitutas baratas – dizia não valer a pena gastar com mulher bonita, uma vez que todas fariam a mesma coisa. Não tinha amigos, muito menos animais de estimação. Sua convivência social se resumia aos pedidos na padaria, farmácia e afins. Muito de vez em quando ele trocava um bom dia com alguém qualquer, mas era extremamente raro.
Seu nome era João, apesar de ele odiar ter nome tão comum. Tinha um bom emprego, alto salário, mas como eu disse, ele contradizia todos os seus valores. Da família, não sabia mais. O pai falecera quando era criança, a mãe tinha enlouquecido e morava em asilo psiquiátrico. Era filho único.
Nunca aprendeu a dividir ou dar nada à alguém, nem amor, nem brinquedo. Nem dinheiro. Por isso nunca se casou. Até o dia em que Manuela passou pela rua com aquele vestido branco de pequenas flores azuis, cachos cor de mel soltos ao vento. Até o dia em que Manuela olhou em câmera lenta no elo mais profundo de seus olhos e sorriu aquele sorriso secreto. Até o dia em que Manuela passou e trouxe todos os sentidos humanos para ele. E ele aprendera a dar a lua.

Vou de táxi

No dia da balada, quinta passada, eu e minha irmã pegamos um táxi pra voltar pra casa. A balada é do lado de casa, fica a duas ruas pra trás e umas cinco ou seis quadras pra baixo. Mas quem conhece a Vila Madalena sabe que eu moro praticamente no morro. Não, darling, não rola ir a pé!

Enfim, saímos da balada e avistamos um golzinho velho com insufilme afro-descendente estacionado do outro lado da rua. Plaquinha de táxi em cima, quase que falhando a luz. Fomos até ele e demos uma espiadinha básica pela negritude junior do vidro. Nada de ver o taxista. O “porteiro da balada” gritou pra gente bater no vidro porque o cara deveria estar dormindo.
Batemos no vidro gritando um “mooooooço, ô moooooço” e nada. Até que o porteiro avista o cidadão lá no fim da rua. O cara vem meio capenga, mas até aí, melhor achar que ele é manco. Chega o fulano, no maior estilo mexicano-cruzador-de-fronteira, com um óculos de sol amarelo na testa (às 4 da manhã…) e entra no golzinho fuleiro. Pergunta aonde vamos. Cara, quando eu respondi o cara desembestou a falar e reclamar da gente: “ah, minha filha, tenha a santa paciência! não acredito que tô pegando uma corrida até ali só!!! sabe quanto eu perco dirigindo até a sua casa???? não paga nem a bandeirada!!!!! depois eu volto aqui, neguinho pega passageiro pro Rio de Janeiro (claaaaro…),  ganha os tufos, enquanto eu faço viagenzinha de cinco reais!!!! não dá, menina, não dá…. se eu viver de corrida assim eu morro de fome. já pensou quanta corrida assim eu tenho que fazer pra ganhar dinheiro?”
O cara não parou de falar. Eu fiquei com vontade de soltar um “e o kiko???”, mas o cheiro da manguaça me deu medo… vai que o cara tira uma peixeira do bolso??? Ele não parou de reclamar um segundo. Eu disse que não dava pra ir a pé, era a maior ladeira que eu conheci na vida, eu estava de salto e eram 4 da manhã. E além disso, eu estava pagando. Não adiantou. Ele parou o carro na frente de casa, reclamou, reclamou, reclamou e não saía da frente do taxímetro. Eu me senti tomando um sermão de diretora na quinta-série do primário. A hora que deu pra ver o taxímetro, marcava cinco e poucos reais, resolvi dar sete. O cara então disse “aí, tá vendo! mais dô-reauzinho já ajuda!! desculpa aí madame, mas sabe como é, não paga nem a bandeirada!”

Ah, meu filho!!!!! Vai comer cocôôôôôôôô!!!! Que ódio! Ok que não compensa pro cara, mas desce do carro e avisa, não fica buzinando na minha orelha! E honey, continuo pagando!!! Ô povo mais barraqueiro.

Nota da redação

Gente, tô me rasgando por dentro pra virar duas nesta semana. É tanta coisa pra organizar que eu ando meio perdida, sem saber por onde começar. Sem contar que me joguei de vez na balada, pra aproveitar até a última gota do Brasil e dos meus amigos. Hoje, por exemplo, fui raptada pelo samba. O trio passou na minha rua e me levou…. quando eu vi já tava lá! Como amo esse país tropical!!!!!

Em quatro dias teve Marlon, Maicon e uma das baladas mais inesquecíveis da história; Joe & Leo´s sem culpa nenhuma; rodinha de samba, feijoada e cerveja; festinha em cabaret; jantarzinho; trio elétrico na rua; e muito, muito samba-rock. Tô com olheiras de darem inveja à Eduardo-mãos-de-tesoura. Mas valeu a pena, com certeza.

Queria pedir desculpas aos blogueiros que não estou visitando, porque realmente estou sem tempo de ficar aqui no computador… Prometo que assim que der uma brecha eu dou um alô!

Beijocas

Sem tempo

Ai que saudades da Clarice…