Buraco

Preciso muito descobrir que buraco é esse que você preenche na minha vida. Porque não pode ser tudo isso amor. Há de ser um buraco. Um vazio não preenchido, um lugar frio dentro de mim.
Um buraco que você inunda quando vem. E me transborda, buraco cheio. Será isso o que chamam de amor?
Dessa falta que você me faz.

Queria que tudo isso fosse importante pra você. Queria que tivesse medo de me perder.

Do seu jeito

Então que seja do seu jeito. Longe, frio, seco, sem emoção nenhuma. Morto. Engavetado em uma esquina qualquer, como um livro empoeirado na sua estante. Agora tanto faz. Quando o coração cicatriza grosso, quase não dói.

 

O amor tem muitas formas de morrer, mas a pior delas é ter que matá-lo.

 

 

Amor é água que flui

Se eu pudesse escolher, escolheria nunca ter te amado. Ainda que isso significasse uma vida toda sem seus sorrisos, seu olhar dentro do meu, ainda que passasse todos os dias sem seu beijo. Que se danem as palavras jogadas ao vento, essas promessas de amor mal elaboradas, que se dane o soco no estômago a cada meia dúzia de palavras clichês, tiradas meticulosamente de um manual profissional.
You take me for granted, babe. Você não sabe me amar, você não me deixa te amar. Não pense que estarei para sempre do seu outro lado; da linha, da cama, da história. O que não dá retorno não vale a pena. Amor é água que flui, quando bate em muro de pedra, transborda. Sufoca. Afoga. E eu já não tenho mais saco para remar contra a maré. Ainda que isso signifique um futuro todo sem seus sorrisos, seu olhar dentro do meu, ainda que passe todos os dias sem seu beijo. Cuida da gente, só um pouquinho. Não perde. Quebra essa parede de pedra e deixa a gente fluir de novo. Calmo, amor tranquilo, barquinho na correnteza.

 

Seus silêncios me congelam. Sua falta de interesse tem gosto de faca afiada dentro do meu avesso.