Ela conhece a tua armadilha. Ela sabe muito bem onde é o poço, conhece o caminho, como chegar até ele, sabe como é por dentro. E ela cai, ela cai fácil, porque você sabe fazer. E ela espera a corda, dia após dia, e você a tira daquele poço como um herói que tira as dores do mundo, e ela volta e cai, e é todo dia assim. E ela sabe que um dia você não vai jogar a corda, ela sabe, porque sempre acontece. E um dia você para na beira do poço e não joga a corda, e ela tenta entender, e ela tenta sair, e chega ao ponto de dizer foda-se, foda-se tudo mil vezes, e sai sozinha do poço e você volta lindo, com a corda, mas ela já está fora dizendo foda-se com muita falta de amor-próprio. Só que você tá lá segurando a corda, lindo, e lá vai ela, olha lá. Lá vai ela caminhando sozinha pro poço.
Com perdão do nome:
Phoda.