Aposto que você não sabia!

Que eu tinha coisas assim, guardadas dentro de mim….


Pra quem achava que me conhecia de cabo a rabo, ficam aí outros pedacinhos:

– Não gosto de marshmallow colorido, nem de balas de gelatina, nem de chocolate com caramelo (só twix).
– Odeio ficção científica e acho Star Wars um saco. #prontofalei. Por exemplo, o filme “The Forgotten” seria muito mais interessante se a CIA estivesse envolvida, e não um bando de alien…
– Não vejo graça nenhuma em Lost e aquele bando de mulher maquiada e de salto alto na praia, depois de um acidente aéreo.
– Sou apaixonada pelo Gael Garcia, desde que ele fazia Vovô e eu,
– Chorava assistindo Carrossel em preto e branco e sempre quis ter a cama da Punky Brewster.
– Já tive um pager, antes de ter um celular Gradiente.
– Meu nickname nas salas de bate-papo da extinta Mandic era Maria do Bairro. (hahaha)
– Adoro filme de menininho. Scarface é um dos meus preferidos, Tony Montana rules. Adoro Lock, Stock and two smoking barrels e Snatch, do Guy Ritchie, por exemplo. Amo filmes de guerra e máfia.
– Um dia pedi uma máquina de escrever Olivetti e um Pense Bem para o Papai Noel #geek
– Num outro dia pedi uma pseud0-máquina-brinquedo de tirar xerox pro Papai Noel #maisgeekainda
– Amo sexo com fundo musical, principalmente Ben Harper (anotem a dica, é bom).
– Criava girinos na aula de ciência e a doida da Shum matava todos eles.
– Comecei a cantar, antes de falar.
– Choro quando vejo o Brasil na televisão.
– Falo com a minha mãe todos os dias, às vezes até mais de uma vez…
– Falei mal do twitter e me redimo. Ando tão viciada que tô usando hashtags até aqui. Ai, ai.

Fêmea Ômega

Como mulher é besta, né gente. Olha só o que a sociedade fez com os nossos corpinhos, a nossa mente! Tô aqui pensando em quanta coisa envolve alguns únicos momentos na vida de uma mulher. Recebi um email esses dias, infelizmente sem créditos, entitulado “Porque não sair com um Zé Ruela”. E a autora realmente merecia um bom nominho estampado lá, porque é a mais pura verdade.
Estava eu aqui relembrando primeiros encontros. Assistindo Friends ontem e vendo como a Rachel fica linda num passe de mágica, coisa que não acontece na vida mundana desse povo aqui, diga-se, normal.
A menina conhece o cara. Marcam o primeiro encontro. Tem que existir um tempo mínimo entre o marcar e o encontro em si, né, porque a agenda, meu querido, lota num breve espaço de tempo. Não venha querendo marcar encontro pra daqui a duas horas que não rola, a não ser que a gente tenha saído com outro no dia anterior – ou que a gente não esteja tããão a fim de você!
Encontro marcado, começa a gincana da vida. Quem foi que disse que a gente tem que fazer tudo isso? E marca pé, mão, depilação, depila até o cotovelo. Até a cor do esmalte é devidamente re-re-repensada. Depila, pinta, vai malhar um pouquinho pra ver se as coxas endurecem em meia hora. Borra a unha, tem que voltar. Merda. Tô um fantasminha camarada. Será  que aquele salão faz aqueles bronzeamentos a jato?
Lá vai ela pro salão testar o bronzeamento a jato. (Alarme de incêndio aqui, meninas. NUNCA testem nada antes de um primeiro encontro. Vai por mim.) Sai a infeliz dondoquinha do salão, laranja e fedendo a auto-bronzeador. Ah, vai, melhor que ver as minhas veias…
Volta pra casa, se olha no espelho, vê aquele rio de celulite. Lembra da Zoraide, a massagista que faz aquela drenagem linfática quase photoshop. Liga pra Zoraide, chora no telefone, diz que precisa de uma A-GO-RA, indicação do terapeuta.
Vai na massagista, faz a drenagem, sai correndo porque tinha marcado cabelereiro. Vai laranja, oleosa e linda pro salão. Faz aquela escova ultra poderosa, hidratação de queratina. Ah, já tô aqui mesmo, né…
No caminho pra casa passa no shopping. Quem nunca viu uma pessoa fedendo a auto-bronzeador, sujinha e de escova em loja de lingerie?? Pois é. Somos nós, mortais, pré-primeiro-encontro. Entra na loja de lingerie e sucumbe aos papinhos da vendedora de que a vermelha rendada que custa os olhos da cara é bem mais bonita do que a da liquidação. E sai do shopping com a sacolinha da loja e um brinco novo pra combinar com aquele vestido tomara-que-caia infalível.
Lá vai ela pra casa pra lembrar o que? Que tem que tomar banho depois da escova (impressionante como a gente sempre faz isso…) Põe a touca de plástico que vira uma semi-sauna na cabeça, se esfrega duzentas vezes pra tirar o óleo de massagem, o cheirinho de auto-bronzeador e o resto da cera. Pronto, tomou banho, tá linda. Uma chapinha resolve os fiozinhos molhados.
Se troca, abre a bolsa, vê todos os papéizinhos de cartão de crédito e pensa, se esse cara não for tudo isso eu me jogo na frente do ônibus. Faz uma mega maquiagem com toda a sua coleção mais carinha, usa aquele Chanel guardado pra ocasiões especiais.
Aí vem o cara te pegar num semi-poisézinho motorizado. Mmmm, você já pensa, vai me levar no Habib´s… Entra no carro, o cara ainda com a roupa do escritório. Nem um banhozinho. Te leva num restaurante mais ou menos. Ah, gostosinho, papo bom, comidinha ok. Aí vem o cidadão e dá uma “dica” de dividir a conta. O sangue sobe, relembra os papéizinhos, fica sem graça e diz “tá”. Pensa, vou me fazer da mulher bem resolvida.
Saem, o cara propõe um motel. Nessa você já brochou total, porque sabe que vai ter que rachar o motel. Se teve que rachar quarenta contos, imagina o resto?
Viado de merda, pão duro, depois dessa maratona toda, eu aqui bonitinha, você é que tinha que me pagar pra isso. Mas aí é prostituição, né… então paga o motel, filho duma mãe. Nem cheirosinho ele é, ó a nhaca de fim de dia. Que ódio. Feio. Feio. Olha essa correntinha no pescoço? Não, essa correntinha no pescoço, esse peito meio aberto, taxista-wannabe, não dáááááá!

Por isso, meu amigo, se quer um conselho na vida, anota: pague a conta do jantar. Se não, os olhares “dissimuladinhos” dela depois disso vão estar pensando todas essas coisas sobre você. E não são olhares sensuais…

PS: Pior quando o encontro tem meses, tipo eu e o David. Tem gente que faz até lipo. Eu fiz clareamento nos dentes. Pra chegar aqui e ele me esperar no aeroporto de moletom e boné. Foda, né.

Macho alfa

Eu fiquei o dia todo sem internet. De folga, em casa, sucubindo ao wireless ruim do além que o meu Ipod pegava. Aproveitei pra ver um filme bem doido do Jabor, Eu sei que vou te amar (se estiver num espírito filme hollywoodiano, não assista…. caso contrário, é bom, embora alguns pedacinhos encham as patavinas). Depois li um pouquinho de Amor em tempos de cólera, um pouquinho de Caio Fernando de Abreu, revistas. Tentei passar as longas doze horas que demoraram pro marido chegar.
E quando ele chegou, sentou quinze segundos na frente do computador e resolveu. Como se fosse um pote de geléia, ele abriu. Coisa mais revoltante.
Eu fiquei horas tentando descobrir, fazendo ginástica rítmica com o router do wireless pra ver se pegava sinal melhor. Nada, foi só chegar o macho alfa pra abrir a tampa.
Fui fazer jantar, cumprindo devidamente meu papel de mulherzinha na casa.

Porque ela se apaixona por uma coisa diferente todo dia

Fazia tempo que eu tava a fim de uma música, parte integrante de um anúncio de TV daqui. O nome dela é “Oh la la la”, basiquinho assim. Mas eu só conhecia como “Switch me on, turn me up… “ – música que cabe muito bem nesta fase lua cheia em que me encontro.
Joguei no youtube e descobri uma nova droga. Goldfrapp. Tô assistindo videozinho por videozinho há duas horas. Viciadinha, viciadinha. Lá vou eu colocar mais gigabytes no meu Ipodezinho.

 

 

Se tiver que fazer apenas uma coisa hoje, faça isso

Que eu sou louca por Ben Harper, vocês já sabem. Agora, você aí, reserve quatro minutos do seu dia e assista à esse videoclip maravilhoso. Espero que te toque do jeito que me tocou.
A letra é linda, a melodia é perfeita, a voz de Harper é a mais doce, o vídeo – dirigido por Heath Ledger – é impecável. Tô completamente sem fôlego. (Se não abrir, clique em “Watch on Youtube”)
Aumente o som e tire estes minutos pra você.

A fingers touch upon my lips
It’s a morning yearning
It’s a morning yearning
Pull the curtains shut, try to keep it dark
But the sun is burning
The sun is burning

The world awakens on the run
And we’ll soon be earning
We’ll soon be earning
With hopes of better days to come
That’s a morning yearning
Morning yearning

Morning yearning…

Another day another chance to get it right
Must I still be learning?
Must I still be learning?
Baby crying kept us up all night
With her morning yearning
With her morning yearning

Morning yearning…

Like a summer rose I’m a victim of the fall
But am soon returning
Soon returning
Your love’s the warmest place the sun ever shines
My morning yearning
My morning yearning

Morning yearning…

Nó seco

Eu choro porque te amo tanto, e tenho medo das coisas que tenho pensado ultimamente. Choro porque meu coração fica machucado com alfinetadas pequenas, a dor escorre por minúsculos e inúmeros furos. Porque não posso mudar em você o que nem sabia que fazia parte de ti. Porque não consigo controlar tudo isso, não sei se tenho mais forças pra nadar contra essa correnteza que teima em me jogar às pedras.
Eu choro porque tenho medo do futuro, ainda quero aquele que a gente sonhou um dia. Tenho medo de  todos os nossos planos se desmancharem em castelos de areia. E eu lutei tanto por isso. Você também. Mas eu lutei tanto por isso. E sei que fiz tudo o que pude. Tento me convencer, ser otimista, pensar que estamos juntos nessa, mas não sei quanto mais de mim eu posso dar.
Dói demais pensar em hipóteses, em planos Bs, mas você continua igual. E eu, que aconselhava outras, dizendo que as pessoas não mudam, espero – de todo o coração – que eu tenha sido errada a vida toda e que você mude… não conhecia esse seu lado. Um lado tão besta, tão banal, bobo de uma tal maneira que possa ser a gota d´água.
Eu choro porque te amo tanto, e não aguento mais chorar. Quando foi que tudo começou a mudar?
Fico só com este nó seco na garganta, que desce amargo e grosso, mas que conhece seu caminho. O mesmo nó de tempo atrás. E é essa repetição que me sufoca.  Não, amor não falta. Eu disse que te amo tanto. Mas nem o maior amor do mundo basta. Agora é a tua vez de tentar.

PS: Não se enlouqueçam, não me perguntem, por favor. Lembrem-se de que sou intensa demais e isso é só o instante do agora.  Existem horas, dias pela frente.Vai passar. Juro que vai.

After-eight é chocolate, né?

Pra que que existe previsão do tempo nessa I-LHA?? Uma que eles NUNCA acertam. Outra, que, como eles nunca acertam, tacam um monte de nuvenzinha de chuva todos os dias, no esquema loteria… Porque é ilha, né, a probabilidade de acertar com a nuvenzinha é de 82,8%…. (mentira! hahaha).

Tô tão boba hoje. Dormi bebinha, três caipirinhas de Sagatiba com raspberry, delicinha. Happy hour com as meninas do trabalho num bar – hohoho – let me tell ya about that. Fica pra outro post. Esse bar é o paraíso dos estrogênios. Conto mais tarde.
Por enquanto fico com a frase do Caio que eu li ontem à noite e foi motivo pra várias estórinhas muito doidas na minha cabeça.

“Sentira vontade de escrever um conto que começasse assim, aos vinte e oito anos ela enlouqueceu completamente.”

Caio Fernando Abreu


Diz aí se eu não escrevi vááááários contos mentais???

Pro dia nascer feliz

Cazuza de manhã é quase efedrina….

O video não tá muito bom, mas tem que ser na voz dele. Eu amo Cazuza. Eu amo essa música.

Eu quero a sorte de um amor tranquilo
Com sabor de fruta mordida
Nós na batida, no embalo da rede
Matando a sede na saliva

Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum trocado pra dar garantia

E ser artista no nosso convívio
Pelo inferno e céu de todo dia
Pra poesia que a gente não vive
Transformar o tédio em melodia

Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum veneno antimonotonia

E se eu achar a tua fonte escondida
Te alcanço em cheio, o mel e a ferida
E o corpo inteiro como um furacão
Boca, nuca, mão e a tua mente não

Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum remédio que me dê alegria