Conversinha sobre La Roux

Eu e marido na sala, La Roux com a música mais nova na TV.

Eu: As músicas dessa criatura andrógena são todas iguais…
Ele: É música de videogame.
Eu: Hahaha.
Ele: É. Se eu ainda tivesse meu Commodore 64, fazia uma igualzinha pra você ver.

Saudades do meu Odissey. Ainda guardo na lembrança a música do Super Mario, é meu ringtone!!! Dava tudo por um Nintendo agora!

Folga

Tô de folga hoje e só hoje. Frio lá fora, chuvinha fina caindo, meus legumes a la Jamie Oliver cozinhando no forno. Esta tarde pede meu sofá, a mini-garrafa de Chardonnay na geladeira e um filminho tipo “Diário de motocicleta”, que veio grátis com o Sunday Times ontem. Tá que é Segunda, mas é um Domingo-wannabe pra mim, então deixa meu Chardonnay em paz.
Teria que ter ido pra Londres hoje. Tenho que ir qualquer hora essa semana, encontrar minha prima, pegar meus livros. Talvez na quinta… Hoje não que eu não tenho energia. Aumenta o som de Kid Abelha que eu tô naquela vibe gostosinha de novo

Devagarinho

“Queria chegar bem perto
Tocar teu nariz com o meu
Beijar teu rosto, provar teu gosto
Morder teu lábio
Bem devagarinho, sem medo
Sem pressa,
Descobrir teus segredos
Mergulhar no fundo dos teus olhos
Sentir teu cheiro, correr meus dedos
Sussurrar no teu ouvido, não se preocupe
Não há nada de errado
Se o coração bate mais forte
Se a gente arrisca a sorte
Não pense em nada agora
Me beija molhado,
Tira meu ar, minha roupa, meu passado
Deixa tuas mãos conhecerem a minha pele quente
Enquanto entendo os mistérios dos teus botões
Deixa correr solto, deixa o resto por mim
Quero provar teus sabores
E hoje, a noite não tem fim
Me beija devagarinho, sem medo
Não te prometo nada, não te peço
Nem amor eterno
Só me ame por enquanto,
Até de manhã cedo
Ou enquanto durar o inverno.”

Escrito por mim em Abril de 2003, achado em um arquivo perdido…

Eita

Mais 45 horas na rota dessa semana. Só um dia de folga. De novo. Amanhã. Mais dois dias trabalhando das 9h às 20h. Robozinho??
Compensa saber que meus livrinhos já estão na terra da rainha… só preciso ir buscar em Londres!

Aconteceu, hoje

Olha a situação. Passa um cara muito gato pela loja me olhando. Loiro, alto, olhos azuis, uma coisa meio Brad Pitt em Friends. Passa, pára e volta.
Chega perto. Eu pergunto:
– Oi, procurando alguma coisa em particular?
– Sim.
– E o que é? Presente?
– É. Posso ver esse colar?
– Claro!! Como ela é, do que ela gosta?
– Do que ela gosta eu não sei, mas ela é morena, tem olhos lindos e sardas.
– Ah, eu posso experimentar pra você, se quiser… As sardas eu tenho!
– Você gosta?
– É lindo!! A pedra é enorme, tem um ano de garantia e eu posso te dar um voucher pra ela trocar.
– Você  gosta?
– Eu, pessoalmente?
– Sim.
– Eu acho lindo! Adoro ônix, vai bem com tudo.
– Se eu comprar, você sai comigo?
(Pausa para um engasgo daqueles que vem da boca do estômago, entopem as vias aéreas e te deixam roxa).
– …….
– Sai?
– …….
– ?????
– Eu sou casada.
– Eu vi a aliança. Mas sai ou não sai?
– Eu super sairia se fosse solteira.
– Melina?
– Milena.
– De onde você é?
– Brasil.
– Linda. Eu trabalho ali na Brothers. A gente ainda se vê… se você mudar de idéia… talvez mude….
– Tá (Tá???? Como assim, tá???)

O cara foi embora com um sorrisinho coisa-mais-linda-desse-mundo. A menina que estava trabalhando comigo  disse “porra, eu já tava quase me jogando e dizendo que eu sou solteira!!!!”
Cara…. agora vou ter que ver o cara todo dia?? Tipo de coisa que não acontece quando você não é de ninguém….

Aaaah…

“Seu coração disse pra sua cabeça, vá, e sua cabeça disse pra sua coragem, vou, e sua coragem respondeu, vou nada, mas sua boca não ouviu e beijou.”

beijo2111

Adriana Falcão, trecho do livro “A Máquina” (o mesmo do filme, que todos vocês deveriam assistir!)

Tão bonitinho!!!

Preciso muito

Genial. Vou tentar fazer pra ir amanhã no mercado! Hahahaha! Chega de carregar sacolas penduradas nas bicicletas!!!

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Quase-Novembro

“(…) Respirou fundo. Morangos, mangas maduras, monóxido de carbono, pólen, jasmins nas varandas dos subúrbios. O vento jogou seus cabelos ruivos sobre a cara. Sacudiu a cabeça para afastá-los e saiu andando lenta em busca de uma rua sem carros, de uma rua com árvores, uma rua em silêncio onde pudesse caminhar devagar e sozinha até em casa. Sem pensar em nada, sem nenhuma amargura, nenhuma vaga saudade, rejeição, rancor ou melancolia. Nada por dentro e por fora além daquele quase-novembro, daquele sábado, daquele vento, daquele céu-azul – daquela não-dor, afinal.”

Caio Fernando Abreu, em Ao Simulacro da Imagerie, Estranhos estrangeiros.

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