” O tema da crônica daquele dia, é claro, eram os meus noventa anos. (…) Comecei por me perguntar quando tomei consciência de ser velho (…). Aos quarenta e dois anos havia acudido ao médico por causa de uma dor nas costas que me estorvava para respirar. Ele não deu importância: É uma dor natural da sua idade, falou. – Então – disse eu -, o que não é natural é a minha idade.”
” É que estou ficando velho, disse a ela. Já ficamos, suspirou ela. Acontece que a gente não sente por dentro, mas de fora todo mundo vê.”
Trechos extraídos de “Memórias de minhas putas tristes”, Gabriel García Márquez.
