Arroz branco, feijão preto com linguiça e paio, e um ovo frito com gema mole.
É aí onde todos os brasileiros se igualam….
Categoria: Da vida lá fora
Às vezes eu falo sério!
Get involved!
Hoje é o Blog Action Day, o dia em que blogueiros do mundo todo postam sobre um único assunto. E, como não poderia deixar de ser, o assunto deste ano é Meio Ambiente e Aquecimento Global.
Eu espero que vocês já estejam carecas de saber sobre Global Warming e todas as atitudes possíveis que podem ser tomadas a favor da sustentabilidade. Atitudes sim, porque não basta pensar, deglutir, entender, apoiar e continuar pegando o carro para ir à padaria da esquina. Somos seis bilhões de pessoas num mundo onde pouco mais de milhares são os governantes. Então podemos até culpá-los, mas não jogar a responsabilidade da AÇÃO única e exclusivamente sobre eles.
Somos seis bilhões de andorinhas pra fazer verão. Somos seis bilhões de borboletas pra fazer furacão.
Como eu não quero ser redundante – e acho que nem há necessidade – só vou contar pra vocês a primeira histórinha que aprendi no Greenpeace quando eu tinha uns dez anos:
Em 1854, o Governo dos Estados Unidos tentava convencer o chefe indígena Seatle a vender suas terras. Como resposta, o chefe enviou uma carta ao Presidente Franklin Pierce. Essa carta é uma lição para nós, homens brancos, e é até hoje um documento institucional muito usado pelo Greenpeace.
Mesmo duzentos anos depois da carta ter sido escrita pelo Cacique, sua mensagem parece atualíssima. E é difícil tentar compreender como uma mensagem de dois séculos pode ainda ser tema do mesmo problema.
A carta do Cacique Seatle é uma filosofia de vida de muitos amantes do planeta, é a pura sabedoria milenar indígena de convivência em harmonia com o universo. É um hino, uma Bíblia, um Evangelho, um Alcorão. Seus ensinamentos renovam, inundam e ensinam, acima de tudo, onde é o nosso devido lugar neste grande planeta Terra.
Vale a pena ler a carta na íntegra.

Cacique Seatle
CARTA DO CACIQUE SEATLE
“O grande chefe de Washington mandou dizer que quer comprar a nossa terra. O grande chefe assegurou-nos também da sua amizade e benevolência. Isto é gentil de sua parte, pois sabemos que ele não necessita da nossa amizade. Nós vamos pensar na sua oferta, pois sabemos que se não o fizermos, o homem branco virá com armas e tomará a nossa terra. O grande chefe de Washington pode acreditar no que o chefe Seattle diz com a mesma certeza com que nossos irmãos brancos podem confiar na mudança das estações do ano. Minha palavra é como as estrelas, elas não empalidecem.
Como pode-se comprar ou vender o céu, o calor da terra? Tal idéia é estranha. Nós não somos donos da pureza do ar ou do brilho da água. Como pode então comprá-los de nós? Decidimos apenas sobre as coisas do nosso tempo. Toda esta terra é sagrada para o meu povo. Cada folha reluzente, todas as praias de areia, cada véu de neblina nas florestas escuras, cada clareira e todos os insetos a zumbir são sagrados nas tradições e na crença do meu povo.
Sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de viver. Para ele um torrão de terra é igual ao outro. Porque ele é um estranho, que vem de noite e rouba da terra tudo quanto necessita. A terra não é sua irmã, nem sua amiga, e depois de exaurí-la ele vai embora. Deixa para trás o túmulo de seu pai sem remorsos. Rouba a terra de seus filhos, nada respeita. Esquece os antepassados e os direitos dos filhos. Sua ganância empobrece a terra e deixa atrás de si os desertos. Suas cidades são um tormento para os olhos do homem vermelho, mas talvez seja assim por ser o homem vermelho um selvagem que nada compreende.
Não se pode encontrar paz nas cidades do homem branco. Nem lugar onde se possa ouvir o desabrochar da folhagem na primavera ou o zunir das asas dos insetos. Talvez por ser um selvagem que nada entende, o barulho das cidades é terrível para os meus ouvidos. E que espécie de vida é aquela em que o homem não pode ouvir a voz do corvo noturno ou a conversa dos sapos no brejo à noite? Um índio prefere o suave sussurro do vento sobre o espelho d’água e o próprio cheiro do vento, purificado pela chuva do meio-dia e com aroma de pinho. O ar é precioso para o homem vermelho, porque todos os seres vivos respiram o mesmo ar, animais, árvores, homens. Não parece que o homem branco se importe com o ar que respira. Como um moribundo, ele é insensível ao mau cheiro.
Se eu me decidir a aceitar, imporei uma condição: o homem branco deve tratar os animais como se fossem seus irmãos. Sou um selvagem e não compreendo que possa ser de outra forma. Vi milhares de bisões apodrecendo nas pradarias abandonados pelo homem branco que os abatia a tiros disparados do trem. Sou um selvagem e não compreendo como um fumegante cavalo de ferro possa ser mais valioso que um bisão, que nós, peles vermelhas matamos apenas para sustentar a nossa própria vida. O que é o homem sem os animais? Se todos os animais acabassem os homens morreriam de solidão espiritual, porque tudo quanto acontece aos animais pode também afetar os homens.
Tudo quanto fere a terra, fere também os filhos da terra.
Vocês devem ensinar às suas crianças que o solo a seus pés é a cinza de nossos avós. Para que respeitem a Terra, digam a seus filhos que ela foi enriquecida com as vidas de nosso povo. Ensinem às suas crianças o que ensinamos às nossas, que a Terra é nossa mãe. Tudo o que acontecer à Terra, acontecerá aos filhos da Terra. Se os homens cospem no solo estão cuspindo em si mesmos.
Isto sabemos: a Terra não pertence ao homem; o homem pertence à Terra. Isto sabemos: todas as coisas estão ligadas, como o sangue que une uma família. Há uma ligação em tudo. O que ocorre com a terra recairá sobre os filhos da terra. O homem não teceu o tecido da vida: ele é simplesmente um de seus fios. Tudo o que fizer ao tecido, fará a si mesmo.
Os nossos filhos viram os pais humilhados na derrota. Os nossos guerreiros sucumbem sob o peso da vergonha. E depois da derrota passam o tempo em ócio e envenenam seu corpo com alimentos adocicados e bebidas ardentes. Não tem grande importância onde passaremos os nossos últimos dias. Eles não são muitos. Mais algumas horas ou até mesmo alguns invernos e nenhum dos filhos das grandes tribos que viveram nestas terras ou que tem vagueado em pequenos bandos pelos bosques, sobrará para chorar, sobre os túmulos, um povo que um dia foi tão poderoso e cheio de confiança como o nosso.
De uma coisa sabemos, que o homem branco talvez venha a um dia descobrir: o nosso Deus é o mesmo Deus. Julga, talvez, que pode ser dono Dele da mesma maneira como deseja possuir a nossa terra. Mas não pode. Ele é Deus de todos. E quer bem da mesma maneira ao homem vermelho como ao branco. A terra é amada por Ele. Causar dano à terra é demonstrar desprezo pelo Criador. O homem branco também vai desaparecer, talvez mais depressa do que as outras raças. Continua sujando a sua própria cama e há de morrer, uma noite, sufocado nos seus próprios dejetos. Depois de abatido o último bisão e domados todos os cavalos selvagens, quando as matas misteriosas federem à gente, quando as colinas escarpadas se encherem de fios que falam, onde ficarão então os sertões? Terão acabado. E as águias? Terão ido embora. Restará dar adeus à andorinha da torre e à caça; o fim da vida e o começo pela luta pela sobrevivência.
Talvez compreendêssemos com que sonha o homem branco se soubéssemos quais as esperanças transmite a seus filhos nas longas noites de inverno, quais visões do futuro oferecem para que possam ser formados os desejos do dia de amanhã. Mas nós somos selvagens. Os sonhos do homem branco são ocultos para nós. E por serem ocultos temos que escolher o nosso próprio caminho. Se consentirmos na venda é para garantir as reservas que nos prometeste. Lá talvez possamos viver os nossos últimos dias como desejamos. Depois que o último homem vermelho tiver partido e a sua lembrança não passar da sombra de uma nuvem a pairar acima das pradarias, a alma do meu povo continuará a viver nestas florestas e praias, porque nós as amamos como um recém-nascido ama o bater do coração de sua mãe.
Se te vendermos a nossa terra, ama-a como nós a amávamos. Protege-a como nós a protegíamos. Nunca esqueça como era a terra quando dela tomou posse. E com toda a sua força, o seu poder, e todo o seu coração, conserva-a para os seus filhos, e ama-a como Deus nos ama a todos. Uma coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus. Esta terra é querida por Ele. Nem mesmo o homem branco pode evitar o nosso destino comum.”
E esta carta foi escrita em Mil OITOCENTOS e Cinquenta e Quatro hein!?
Quer tomar uma atitude simples?
Filie-se ao GREENPEACE BRASIL.
O povo brasileiro
Escolha sua trilha sonora preferida:
“É…
A gente não tem cara de panaca
A gente não tem jeito de babaca
A gente não está com a bunda exposta na janela
Prá passar a mão nela…”
ou
“Não me convidaram
Pra esta festa pobre
Que os homens armaram
Prá me convencer
Apagar sem ver
Toda essa droga
Que já vem malhada
Antes de eu nascer
Brasil
Mostra tua cara
Quero ver quem paga
Prá gente ficar assim
Brasil
Qual é o teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim…”
ou
“Nas favelas, no senado
Sujeira pra todo lado
Ninguém respeita a constituição
Mas todos acreditam no futuro da nação
Que país é esse?
Que país é esse?”
Gênios.
Renato Russo, Gonzaguinha e Cazuza devem estar se revirando em seus túmulos…
“A jornalista… disse que pretende apresentar um talk show na TV”.
Que porra é essa, meu Deus?
Que país é esse que tem que colocar todos os aspirantes-a-alguma-coisa na TV? Mesmo que essa aspirante-a-alguma-coisa seja a mulher que viveu às custas de boa parte dos 40% do TEU salário? Sim, 40% do teu salário anual é o que vai pro bolso do Estado. Isso significa tudo o que você ganhou de 1º de Janeiro a 26 de Maio: 146 dias.
E foi uma gorda fatia dessa pizza, meu amigo, que essa jornalista embolsou. Não, não é nenhuma Bebel da vida não, não pertence ao feliz mundo dos ignorantes. É uma jornalista formada. E o que ela ganhou com isso? Trezentos mil reais. Tá bom pra você?
Hugh Hefner que me desculpe mas desprezo a iniciativa da Playboy. Sou publicitária e sei que nesse mundo vale tudo, mas até que ponto a gente vai deixar esse povo fazer a gente de idiota? Até quando vão cuspir em cima e ainda esfregar o pé, sem dó nem piedade?
Fico indignada com a inércia das gerações de hoje. Será que foi tanta pancada que deixou a gente assim? Que falta fazem os estudantes de antigamente, inebriados de esperança e idealismos, estufados de idéias novas e moralismo. Entorpecidos de ÉTICA. Por onde andam esses valores? O que aconteceu com a gente?
A globalização faz com que a mídia exiba a realidade nua e crua, sem pudor algum, com total transparência. Violência, corrupção, atentados terroristas, aviões queimando com gente dentro, execuções… até mesmo um “11 de Setembro” ao vivo, em tempo real, como um filme de terror de Hollywood. Quanto mais chocar, melhor.
No Brasil o crédito fica com a política. Escândalos, mensalão, corrupção, roubo, dinheiro na cueca. Tudo isso é tão normal quanto assistir no telejornal crianças mortas por balas perdidas. Não há mais limites para a exploração do choque. E, com isso, tudo se torna normal, cotidiano, aceitável, humano. Tudo é absolutamente banalizado.
Que falta faz qualquer gesto de indignação, passeata, nariz de palhaço, cara pintada. Qualquer manifestação que não seja de sem-terra, sem-teto, professores, médicos. Que seja apenas uma manifestação de proletariados. De gente como a gente, que paga uma das maiores taxas fiscais do planeta e que tem um dos menores retornos. Que seja somente povo, como um todo, sem distinção. Não negros, ou brancos, ou ricos, ou pobres, ou ignorantes, ou instruídos. Apenas uma grande massa, uma unidade: um povo. Sim, carecemos de povo, meus amigos. Somos brasileiros, somente. Não nos chame de povo.
Somos uma grande massa dividida em classes sociais, religiões, times de futebol. Somos aqueles que vestem a camisa verde e amarela na Copa mas não penduram uma bandeira na janela quando descobrem um escândalo político em cima do outro. Nascemos e vivemos no mesmo país mas somos apatriados. Não acreditamos mais em nada, muito menos em unidade, menos ainda em solução.
Somos nós, aqueles que nem mais conversam sobre política nas mesas de bar. Somos os robôs alienados que assistem à tudo com cara de paisagem e, ao mesmo tempo, somos os caras que votam sem um pingo de esperança, num país onde Clodovil, Sabrina Sato e Gretchen fazem ou tentam fazer parte da política. Não há como se iludir, não há opção.
Sim, amigo, o que eu e você temos em comum é o passaporte, o RG, o CPF. Talvez você tenha as mesmas crenças que eu, goste de samba, torça para o São Paulo. Talvez você coma pão de queijo e seja fã de guaraná. Mas é até aí que chega a nossa relação. Somos brasileiros por nacionalidade, mas não somos um povo. Somos aqueles que são estuprados todos os dias pelos políticos e continuam levantando a saia. Somos nós, aqueles caras da América do Sul que só se reúnem em Fevereiro ou quem sabe em Julho, de quatro em quatro anos.
Espero o mínimo de decência das partes masculinas, que ignorem pelo menos uma vez na vida um par de peitos e uma pussy despida. Comprar essa revista seria usar um crachá de imbecil.
Sincronicidade
Senta que lá vem… post mega!
Não sei porque a própria sincronicidade tem sido um sincronismo para mim. Então vou falar um pouco dela e a Dr. Vivi que me corrija se sair alguma asneira.
Eu me deparei com a palavra sincronicidade pela primeira vez aos 16 anos, através do livro “Anjos, mensageiros da Luz” que mencionei na Retrospectiva. O próprio fato do livro cair na minha mão já foi sincronicidade, porque eu nunca precisei tanto dele como naquela época. Por uma série de fatores. E, como eu disse, aquele livro mudou a minha vida e minha espiritualidade.
Sincronicidade foi um conceito desenvolvido por Jung para definir situações que acontecem não por acaso, mas por relação de significado. Nada mais é do que uma junção de acontecimentos que surgem de uma forma significativa para uma pessoa ou mais.
Na verdade, a sincronicidade se manifesta para absolutamente todo mundo. Mas ela necessita de atenção, percepção e compreensão. Se não, os fatos simplesmente acontecem e você nem percebe.
No livro que eu citei a autora diz que os anjos trabalham através de sincronicidade. Aí vai da crença de cada um, ainda não estudei Jung a fundo para saber se isso é produto da nossa mente, como a lei da atração, ou simplesmente uma força maior e inexplicada.
Eu tive experiências incríveis de sincronicidade nestes últimos onze anos. E acho que a mais significante dela foi o meu relacionamento.
Por algum motivo eu sempre tive uma ligação estranha com a Inglaterra, mais precisamente com a língua inglesa. Fui meio auto-didata em inglês e comecei a falar aos dez anos. Aos onze, quando ainda não sabia mais do que o básico, tive um sonho que até hoje é muito vivo na minha memória. Sonhei que estava na época medieval e eu era plebéia, trabalhava num castelo. Era diferente do que sou hoje e, mesmo tendo onze anos na época do sonho, nele eu tinha mais de vinte. Era loira, de cabelos ondulados e bem compridos, presos com uma espécie de semi-trança no alto da cabeça. Era alta e esbelta, tinha seios fartos, lembro de me sentir ligeiramente incomodada por saber que não era eu no meu próprio corpo naquele sonho. Usava um vestido bordô bem apertado na cintura, delineando bem os seios fartos. Lembro que era dia de festa no castelo e eu servia frango assado em bandejas para homens que pareciam knights. Lembro direitinho da minha “chefe” na cozinha, me passando a bandeja de frango e eu odiava o cheiro e a gordura nas minhas mãos (essa é uma característica de hoje também). Em algum momento do sonho, enquanto eu passava por um corredor de pedras escuro, iluminado por tochas, um homem muito bonito me puxava pelos braços para um canto e me beijava. Lembro do meu coração disparado e apaixonado por aquele homem. Não lembro da sua fisionomia, mas ele era alto e tinha cabelos castanhos. Vestia uma roupa bem melhor que a minha e eu sabia que nosso romance era proibido por questões de classe social. Ele tinha acabado de voltar de uma batalha. A gente se beijava e eu tinha que sair correndo, com medo de alguém nos ver. Ele voltava para o salão com os outros homens e me olhava de um modo que fazia meu estômago gelar. Como se existisse um único segredo e amor no mundo naquela época.
Acreditem ou não, sonhei esse sonho inteiro em inglês. E quando digo que a memória ainda está viva, vocês podem ver pela riqueza de detalhes. E eu tinha apenas onze anos. Nunca mais me esqueci desse sonho, principalmente por ter sido em uma língua que eu acabava de aprender… Mas é aí que está a sincronicidade.
Desde uns oito anos eu jurava pra minha mãe que casaria com um estrangeiro e moraria fora do país. Minha mãe sempre ouvia isso como uma espécie de premonição, eu era calma e ponderada quando tocava no assunto. Como se, no fundo, já soubesse.
Aos dezesseis anos cismei em fazer intercâmbio. No começo cheguei a ver para o Texas ou Tennesse (de novo os cowboys), e pretendia ficar seis meses. Ninguém na minha família tinha aberto a boca enquanto eu quase fechava o pacote. Até que numa noite minha tia ligou e disse “estou mandando sua prima para ficar um mês na Inglaterra… se você quiser ir junto, eu pago”. Eu quase surtei. Tinha que decidir entre o meu sonho de morar nos EUA e fazer um intercâmbio decente de seis meses entre homens sarados e vestidos de cowboy, ou um mês num cursinho de verão na Inglaterra. Até hoje não sei bem porque decidi ir para a Inglaterra.
Foi a viagem mais fantástica que já fiz. Nunca tinha ido para o Reino Unido, mas sentia uma coisa diferente. Uma espécie de magnetismo que, como um imã, me atraía. Tinha muitas sensações de deja-vu. Na hora de voltar para o Brasil, eu chorava insandecidamente, como se tivessem tirando uma parte de mim.
Voltei, mas nunca tirei da cabeça o fato de que, por algum motivo, eu ainda voltaria para lá. Dizia para todo mundo que moraria na Inglaterra.
Alguns anos se passaram, apareceu a tal cartomante que me disse que eu me casaria com um estrangeiro, alto, de cabelos castanhos e olhos verdes puxadinhos, seis anos mais velho que eu. Como disse em outro post, transferi tudo para o Italiano que eu tinha conhecido na viagem, achando que poderia ser ele. Ela também havia dito para a minha mãe que eu iria embora.
Aos 22, eu estava com as malas prontas para passar o carnaval em Salvador. Minha amiga usava o ICQ e me encheu o saco para eu instalá-lo no trabalho. Eu não usava o ICQ desde os 16 anos mas resolvi testar, não tinha muito trabalho naquele dia. Coloquei ela na lista e ela não falou comigo. Resolvi então procurar alguém para teclar e pensei “que tal treinar meu inglês”… Digitei “homem (porque também não sou retardada), entre 23 e 28 anos, Reino Unido”. Juro que só apareceu o nome dele na lista online…. quem usou o ICQ um dia sabe que isso é praticamente impossível.
Achei o nome bonito e resolvi tentar uma conversa. Começamos às 8:30 da manhã do Brasil e terminamos de falar às 18h, na hora em que eu fui embora. A conversa fluiu de um jeito que parecia que ele era meu melhor amigo, de infância! Nunca me esqueço que logo nesse dia ele disse “porque você não vem pra Inglaterra e se casa comigo?”.
Eu o achava meio louco mas, não sabia dizer porque, não conseguia mais ficar muito tempo sem falar com ele. Cinco dias depois fui para Salvador e, mesmo lá, pensava como seria divertido se meu amigo virtual estivesse lá.
As conversas começaram a se estender do trabalho para o computador de casa, depois das 18h. Do computador para o telefone. E nessa, haviam se passado dois meses e eu sem ver uma foto dele sequer.
Um dia ele me mandou uma foto. E, podem achar que é brincadeira, ele era simplesmente igual ao meu pai, que faleceu quando eu tinha dois anos. Até hoje as pessoas se espantam com a semelhança. E, como se não bastasse, tem a personalidade do meu avô, que foi meu pai a vida inteira e faleceu no ano em que conheci o meu marido.
Tentei resumir aqui dezessete anos do que, eu acredito, teria sido a maior sincronicidade da minha vida até hoje. Muitas pessoas podem achar que é lei da atração, “o segredo”, acaso, coincidência. Eu acredito em destino. E acredito nos sinais e insights que nos guiam até o nosso destino. E eles podem não ter explicação nenhuma, podem ser coisa de Deus, dos anjos, enfim… para mim é sincronicidade. O universo conspirando a favor de um destino e mandando “dicas” através do sincronismo. E como eu digo no meu orkut… de nada vale “o segredo”, se não prestarmos atenção à sincronicidade. Porque sem ela, não chegamos a lugar nenhum.
Uuuufffffff, post longo…
Sobre cegonhas
Tenho pensado muito nos últimos dias. Acho que vou engravidar no começo de 2009. Ainda não sei bem ao certo…
Sempre, sempre quis ser mãe. Desde que me conheço por gente e juntava a trupe de bonecas! E, pra ser bem sincera, não vejo a hora! Dizia que antes dos trinta eu teria um bebê… e com 27 e meio já tá na hora de pensar no assunto! Mas, cara, dá um medinho, passou muito rápido!
Como faz só seis meses que me casei, acho que ainda dá tempo de esperar. Quero curtir a vida à dois, viajar muito pela Europa, me estabilizar primeiro. Mas não sei se vou aguentar esperar até 2009… sou mega ansiosa, principalmente com bebês!!!! Tenho certeza que não vou conseguir guardar segredo antes dos quatro meses e muito menos não fazer ultrassom pra saber o sexo!
Minha cunhada tá grávida na Inglaterra e eu acho que tô mais ansiosa que ela! Não vejo a hora do bebê nascer (só em Abril) e tô torcendo pra ser menina! Por mim, não, mas por ela. Ela já tem dois meninos! E eu moooooorro de saudades daqueles little buggas!
Meu ginecologista fica me envenenando, querendo que eu engravide logo, e eu adoro isso. Pra ser bem sincera seria até bom que eu tentasse logo, porque minha mãe teve que fazer tratamento por seis anos e eu só tive que tirar um ovário numa cirurgia… pode ser que tenha que fazer tratamento também e não quero protelar pra depois dos trinta. Afinal, pra ter uma casa igual à da Noviça Rebelde, é bom começar logo né!
PS: Gringo fica eufórico quando eu menciono “to get pregnant”!! Diz que se for menino vai ter que ser footballer… filho de inglês (os caras que inventaram o esporte) com brasileira (os melhores do mundo) HAS TO BE A FOOTBALLER. Tadinho do meu filho se for perna de pau… hehehe.
Give peace a chance
Hoje é o dia de blogagem coletiva mundial em favor da liberdade de Burma/Birmânia/ Myanmar.
“One post for Burma” é o nome da campanha criada neste site. Minha inscrição é 11726.
Como eu sempre dou apoio às causas nobres, farei minha parte aqui. Afinal, quando eu vejo essas coisas agradeço por ter nascido na família, na cidade, no país em que nasci. Poderíamos, aleatoriamente ou não – dependendo da sua crença -, ter nascido na Birmânia, no Afeganistão, no Congo, numa favela brasileira e estar na pele dessas pessoas… Pense nisso e faça sua parte. Support a good cause.

Pra quem ainda não entendeu bulhufas do que tá rolando e acha que já ouviu falar em “Birmânia”, alguma vez na vida, em algum livro de escola, clique aqui ou aqui.


