Nessa época do ano eu tenho que me acostumar na marra com as aranhas. As poucas sobreviventes entram dentro de casa porque tá infinitamente mais quentinho aqui dentro. Eu tenho pavor de aranha, mas se for pequenininha eu não ligo, desde que não entre nos meus limites.
E como nem eu, nem ele, matamos bicho nenhum, algumas viram inquilinas daqui de casa mesmo, contanto que não sejam nômades e vivam no mesmo lugar.
Hoje de manhã o David olhou para o lustre da sala, perto da janela.
– Aaaah, é aí que ela tá.
– Quem? A aranha?
– É.
– E você vai deixá-la aí, do lado do lustre?
– Ah, bem legal esse lugar que ela escolheu.
– Legal pra ela, não pra mim.
– E desde quando você chegar perto do lustre? Só se eu te comprar uma perna de pau.
Eu dou risada pra não bater, né. Próxima encarnação passarei na fila do rolo de esticar (pelo menos uma vez…).

Olá Milena,
Estou lendo sempre o blog, mas faz tempo que não esvrevo.
Vi hj um livro recém lançado e que me fez lembrar de vc.
O nome é Clarice, (com vírgula mesmo no título) e eh uma biografia da escrita Clarice Lispector que vc tanto gosta. O autor é um americano chamado Benjamim Moser. Saiu ótimos comentários do livro nos EUA.
Para mais acesse http://editora.cosacnaify.com.br/NoticiasInterna/106/BENJAMIN-MOSER-NO-BRASIL.aspx
Abs
Marcelo
“legal pra ela, não pra mim” hehehehe
aqui em casa é largatixa, mas nao tenho tanto amor no coração assim nao: por mim matava toooodas (se tivesse coragem de me aproximar)
Pior do que aranhas pernudas só mesmo aquelas baratonas beeem cascudas e que voam. Arrrgh! Graças a Deus aqui no hemisfério norte elas não existem. (pelo menos , nunca vi nenhuma). Isso é a única coisa do Brasil da qual não sinto falta nenhuma. Tenho simplesmente pavor de baratas! E aí, elas são presença constante ou também não existem?