Get involved!

Hoje é o Blog Action Day, o dia em que blogueiros do mundo todo postam sobre um único assunto. E, como não poderia deixar de ser, o assunto deste ano é Meio Ambiente e Aquecimento Global.
Eu espero que vocês já estejam carecas de saber sobre Global Warming e todas as atitudes possíveis que podem ser tomadas a favor da sustentabilidade. Atitudes sim, porque não basta pensar, deglutir, entender, apoiar e continuar pegando o carro para ir à padaria da esquina. Somos seis bilhões de pessoas num mundo onde pouco mais de milhares são os governantes. Então podemos até culpá-los, mas não jogar a responsabilidade da AÇÃO única e exclusivamente sobre eles.

Somos seis bilhões de andorinhas pra fazer verão. Somos seis bilhões de borboletas pra fazer furacão.

Como eu não quero ser redundante – e acho que nem há necessidade – só vou contar pra vocês a primeira histórinha que aprendi no Greenpeace quando eu tinha uns dez anos:

Em 1854, o Governo dos Estados Unidos tentava convencer o chefe indígena Seatle a vender suas terras. Como resposta, o chefe enviou uma carta ao Presidente Franklin Pierce. Essa carta é uma lição para nós, homens brancos, e é até hoje um documento institucional muito usado pelo Greenpeace.
Mesmo duzentos anos depois da carta ter sido escrita pelo Cacique, sua mensagem parece atualíssima. E é difícil tentar compreender como uma mensagem de dois séculos pode ainda ser tema do mesmo problema.
A carta do Cacique Seatle é uma filosofia de vida de muitos amantes do planeta, é a pura sabedoria milenar indígena de convivência em harmonia com o universo. É um hino, uma Bíblia, um Evangelho, um Alcorão. Seus ensinamentos renovam, inundam e ensinam, acima de tudo, onde é o nosso devido lugar neste grande planeta Terra.
Vale a pena ler a carta na íntegra.

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Cacique Seatle

CARTA DO CACIQUE SEATLE

“O grande chefe de Washington mandou dizer que quer comprar a nossa terra. O grande chefe assegurou-nos também da sua amizade e benevolência. Isto é gentil de sua parte, pois sabemos que ele não necessita da nossa amizade. Nós vamos pensar na sua oferta, pois sabemos que se não o fizermos, o homem branco virá com armas e tomará a nossa terra. O grande chefe de Washington pode acreditar no que o chefe Seattle diz com a mesma certeza com que nossos irmãos brancos podem confiar na mudança das estações do ano. Minha palavra é como as estrelas, elas não empalidecem.
Como pode-se comprar ou vender o céu, o calor da terra? Tal idéia é estranha. Nós não somos donos da pureza do ar ou do brilho da água. Como pode então comprá-los de nós? Decidimos apenas sobre as coisas do nosso tempo. Toda esta terra é sagrada para o meu povo. Cada folha reluzente, todas as praias de areia, cada véu de neblina nas florestas escuras, cada clareira e todos os insetos a zumbir são sagrados nas tradições e na crença do meu povo.
Sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de viver. Para ele um torrão de terra é igual ao outro. Porque ele é um estranho, que vem de noite e rouba da terra tudo quanto necessita. A terra não é sua irmã, nem sua amiga, e depois de exaurí-la ele vai embora. Deixa para trás o túmulo de seu pai sem remorsos. Rouba a terra de seus filhos, nada respeita. Esquece os antepassados e os direitos dos filhos. Sua ganância empobrece a terra e deixa atrás de si os desertos. Suas cidades são um tormento para os olhos do homem vermelho, mas talvez seja assim por ser o homem vermelho um selvagem que nada compreende.
Não se pode encontrar paz nas cidades do homem branco. Nem lugar onde se possa ouvir o desabrochar da folhagem na primavera ou o zunir das asas dos insetos. Talvez por ser um selvagem que nada entende, o barulho das cidades é terrível para os meus ouvidos. E que espécie de vida é aquela em que o homem não pode ouvir a voz do corvo noturno ou a conversa dos sapos no brejo à noite? Um índio prefere o suave sussurro do vento sobre o espelho d’água e o próprio cheiro do vento, purificado pela chuva do meio-dia e com aroma de pinho. O ar é precioso para o homem vermelho, porque todos os seres vivos respiram o mesmo ar, animais, árvores, homens. Não parece que o homem branco se importe com o ar que respira. Como um moribundo, ele é insensível ao mau cheiro.
Se eu me decidir a aceitar, imporei uma condição: o homem branco deve tratar os animais como se fossem seus irmãos. Sou um selvagem e não compreendo que possa ser de outra forma. Vi milhares de bisões apodrecendo nas pradarias abandonados pelo homem branco que os abatia a tiros disparados do trem. Sou um selvagem e não compreendo como um fumegante cavalo de ferro possa ser mais valioso que um bisão, que nós, peles vermelhas matamos apenas para sustentar a nossa própria vida. O que é o homem sem os animais? Se todos os animais acabassem os homens morreriam de solidão espiritual, porque tudo quanto acontece aos animais pode também afetar os homens.
Tudo quanto fere a terra, fere também os filhos da terra.
Vocês devem ensinar às suas crianças que o solo a seus pés é a cinza de nossos avós. Para que respeitem a Terra, digam a seus filhos que ela foi enriquecida com as vidas de nosso povo. Ensinem às suas crianças o que ensinamos às nossas, que a Terra é nossa mãe. Tudo o que acontecer à Terra, acontecerá aos filhos da Terra. Se os homens cospem no solo estão cuspindo em si mesmos.
Isto sabemos: a Terra não pertence ao homem; o homem pertence à Terra. Isto sabemos: todas as coisas estão ligadas, como o sangue que une uma família. Há uma ligação em tudo. O que ocorre com a terra recairá sobre os filhos da terra. O homem não teceu o tecido da vida: ele é simplesmente um de seus fios. Tudo o que fizer ao tecido, fará a si mesmo.
Os nossos filhos viram os pais humilhados na derrota. Os nossos guerreiros sucumbem sob o peso da vergonha. E depois da derrota passam o tempo em ócio e envenenam seu corpo com alimentos adocicados e bebidas ardentes. Não tem grande importância onde passaremos os nossos últimos dias. Eles não são muitos. Mais algumas horas ou até mesmo alguns invernos e nenhum dos filhos das grandes tribos que viveram nestas terras ou que tem vagueado em pequenos bandos pelos bosques, sobrará para chorar, sobre os túmulos, um povo que um dia foi tão poderoso e cheio de confiança como o nosso.
De uma coisa sabemos, que o homem branco talvez venha a um dia descobrir: o nosso Deus é o mesmo Deus. Julga, talvez, que pode ser dono Dele da mesma maneira como deseja possuir a nossa terra. Mas não pode. Ele é Deus de todos. E quer bem da mesma maneira ao homem vermelho como ao branco. A terra é amada por Ele. Causar dano à terra é demonstrar desprezo pelo Criador. O homem branco também vai desaparecer, talvez mais depressa do que as outras raças. Continua sujando a sua própria cama e há de morrer, uma noite, sufocado nos seus próprios dejetos. Depois de abatido o último bisão e domados todos os cavalos selvagens, quando as matas misteriosas federem à gente, quando as colinas escarpadas se encherem de fios que falam, onde ficarão então os sertões? Terão acabado. E as águias? Terão ido embora. Restará dar adeus à andorinha da torre e à caça; o fim da vida e o começo pela luta pela sobrevivência.
Talvez compreendêssemos com que sonha o homem branco se soubéssemos quais as esperanças transmite a seus filhos nas longas noites de inverno, quais visões do futuro oferecem para que possam ser formados os desejos do dia de amanhã. Mas nós somos selvagens. Os sonhos do homem branco são ocultos para nós. E por serem ocultos temos que escolher o nosso próprio caminho. Se consentirmos na venda é para garantir as reservas que nos prometeste. Lá talvez possamos viver os nossos últimos dias como desejamos. Depois que o último homem vermelho tiver partido e a sua lembrança não passar da sombra de uma nuvem a pairar acima das pradarias, a alma do meu povo continuará a viver nestas florestas e praias, porque nós as amamos como um recém-nascido ama o bater do coração de sua mãe.
Se te vendermos a nossa terra, ama-a como nós a amávamos. Protege-a como nós a protegíamos. Nunca esqueça como era a terra quando dela tomou posse. E com toda a sua força, o seu poder, e todo o seu coração, conserva-a para os seus filhos, e ama-a como Deus nos ama a todos. Uma coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus. Esta terra é querida por Ele. Nem mesmo o homem branco pode evitar o nosso destino comum.”

E esta carta foi escrita em Mil OITOCENTOS e Cinquenta e Quatro hein!?

Quer tomar uma atitude simples?
Filie-se ao GREENPEACE BRASIL.

Greenpeace

WWF-Brasil. Cuidando do ambiente onde o bicho vive. O bicho-homem.>

StopGlobalWarming.org

O povo brasileiro

Escolha sua trilha sonora preferida:

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“É…
A gente não tem cara de panaca
A gente não tem jeito de babaca
A gente não está com a bunda exposta na janela
Prá passar a mão nela…”

 ou

“Não me convidaram
Pra esta festa pobre
Que os homens armaram
Prá me convencer
Apagar sem ver
Toda essa droga
Que já vem malhada
Antes de eu nascer
Brasil
Mostra tua cara
Quero ver quem paga
Prá gente ficar assim
Brasil
Qual é o teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim…”

 ou

“Nas favelas, no senado
Sujeira pra todo lado
Ninguém respeita a constituição
Mas todos acreditam no futuro da nação
Que país é esse?
Que país é esse?”

Gênios.
Renato Russo, Gonzaguinha e Cazuza devem estar se revirando em seus túmulos…

“A jornalista… disse que pretende apresentar um talk show na TV”. 

Que porra é essa, meu Deus?

Que país é esse que tem que colocar todos os aspirantes-a-alguma-coisa na TV? Mesmo que essa aspirante-a-alguma-coisa seja a mulher que viveu às custas de boa parte dos 40% do TEU salário? Sim, 40% do teu salário anual é o que vai pro bolso do Estado. Isso significa tudo o que você ganhou de 1º de Janeiro a 26 de Maio: 146 dias. 
E foi uma gorda fatia dessa pizza, meu amigo, que essa jornalista embolsou. Não, não é nenhuma Bebel da vida não, não pertence ao feliz mundo dos ignorantes. É uma jornalista formada. E o que ela ganhou com isso? Trezentos mil reais. Tá bom pra você?
Hugh Hefner que me desculpe mas desprezo a iniciativa da Playboy. Sou publicitária e sei que nesse mundo vale tudo, mas até que ponto a gente vai deixar esse povo fazer a gente de idiota? Até quando vão cuspir em cima e ainda esfregar o pé, sem dó nem piedade?
Fico indignada com a inércia das gerações de hoje. Será que foi tanta pancada que deixou a gente assim? Que falta fazem os estudantes de antigamente, inebriados de esperança e idealismos, estufados de idéias novas e moralismo. Entorpecidos de ÉTICA. Por onde andam esses valores? O que aconteceu com a gente?
A globalização faz com que a mídia exiba a realidade nua e crua, sem pudor algum, com total transparência. Violência, corrupção, atentados terroristas, aviões queimando com gente dentro, execuções… até mesmo um “11 de Setembro” ao vivo, em tempo real, como um filme de terror de Hollywood. Quanto mais chocar, melhor.
No Brasil o crédito fica com a política. Escândalos, mensalão, corrupção, roubo, dinheiro na cueca. Tudo isso é tão normal quanto assistir no telejornal crianças mortas por balas perdidas. Não há mais limites para a exploração do choque. E, com isso, tudo se torna normal, cotidiano, aceitável, humano. Tudo é absolutamente banalizado.
Que falta faz qualquer gesto de indignação, passeata, nariz de palhaço, cara pintada. Qualquer manifestação que não seja de sem-terra, sem-teto, professores, médicos. Que seja apenas uma manifestação de proletariados. De gente como a gente, que paga uma das maiores taxas fiscais do planeta e que tem um dos menores retornos. Que seja somente povo, como um todo, sem distinção. Não negros, ou brancos, ou ricos, ou pobres, ou ignorantes, ou instruídos. Apenas uma grande massa, uma unidade: um povo. Sim, carecemos de povo, meus amigos. Somos brasileiros, somente. Não nos chame de povo.
Somos uma grande massa dividida em classes sociais, religiões, times de futebol. Somos aqueles que vestem a camisa verde e amarela na Copa mas não penduram uma bandeira na janela quando descobrem um escândalo político em cima do outro. Nascemos e vivemos no mesmo país mas somos apatriados. Não acreditamos mais em nada, muito menos em unidade, menos ainda em solução.
Somos nós, aqueles que nem mais conversam sobre política nas mesas de bar. Somos os robôs alienados que assistem à tudo com cara de paisagem e, ao mesmo tempo, somos os caras que votam sem um pingo de esperança, num país onde Clodovil, Sabrina Sato e Gretchen fazem ou tentam fazer parte da política. Não há como se iludir, não há opção.
Sim, amigo, o que eu e você temos em comum é o passaporte, o RG, o CPF. Talvez você tenha as mesmas crenças que eu, goste de samba, torça para o São Paulo. Talvez você coma pão de queijo e seja fã de guaraná. Mas é até aí que chega a nossa relação. Somos brasileiros por nacionalidade, mas não somos um povo. Somos aqueles que são estuprados todos os dias pelos políticos e continuam levantando a saia.  Somos nós, aqueles caras da América do Sul que só se reúnem em Fevereiro ou quem sabe em Julho, de quatro em quatro anos.

Espero o mínimo de decência das partes masculinas, que ignorem pelo menos uma vez na vida um par de peitos e uma pussy despida. Comprar essa revista seria usar um crachá de imbecil.

Algumas considerações sobre… ser mulherzinha

Só uma mulher sabe o que é:

– Depilar virilha completa com cêra quente por uma pessoa que nunca te viu mais gorda;
– Ter essa pessoa prendendo sua calcinha com uma presilha de cabelo pra colocar a cêra quente;
– Fazer papanicolau e colposcopia, com as pernas abertas naquela cadeira-de-tortura-medieval, e ter um ser que você nem sequer sabe o nome colocando coisas nas suas partes íntimas.
– Ter que fazer vulvoscopia (o que é pior ainda) e ter o mesmo ou um terceiro fulano apalpando as suas partes íntimas.
– Além de tudo isso, ser obrigada a assistir às suas partes íntimas num monitor de TV.
– Ter orgasmos múltiplos.
– Fingir orgasmos múltiplos.
– Segurar as nádegas enquanto a fulaninha desconhecida coloca cêra QUENTE nos países baixos.
– Se maquiar toda, achar que está horrível, tirar tudo e começar de novo.
– Se maquiar toda, achar que está linda, borrar a sombra e ter que tirar tudo.
– Usar absorvente noturno e se juntar à trupe do bebê da família e da vovó com fralda geriátrica.
– Assistir “Lado a lado” e não entender como homens não se debulham em lágrimas.
– Ter TPM, TDP, TAM. Tensão durante e tensão após.
– Gastar os tufos com drenagem linfática, estimulação russa e endermologia porque são imprescindíveis.
– Fazer as unhas toda semana e achar tão normal quanto escovar os dentes todos os dias.
– Fazer peeling para tirar as manchas de sol causadas pela pílula ou gravidez.
– O sabor de uma barra de chocolate na TPM.
– Sair toda mulambenta mas achar que tá abafando e… abafar. Pela pura presença da Pomba Gira.
– Passar num canteiro de obras e ser o centro das atenções.
– Economizar calorias no cafezinho com adoçante e refrigerante diet.
– O brilho de um diamante.
– Tomar pílula todo bat dia, todo bat horário e querer morrer quando esquece uma.
– Usar uma aliança no dedo esquerdo e ver o poder que dá… e se perguntar porque nunca tinha comprado uma quando estava solteira só pra se dar bem.
– Ficar perdidamente apaixonada, no estilo mais mulherzinha possível.
– Dizer um não bem gostoso para um cara gato muito metido.
– O espelho de casa virando o espelho dos horrores na TPM.
– Achar absolutamente essencial uma liquidação de sapatos.
– Ficar horas se maquiando em frente ao espelho, sem ter nenhum programa, só pra ver que sombra combina mais com o teu olho.
– A diferença de um meia-taça, um de bojo, um de água e óleo e o porque que aquele bordado é mais caro… com toda a razão do mundo.
– Comer um cheeseburger mega-master-blaster com maionese, catchup, molho barbacue, fritas e milkshake – num dia sem culpa.
– Dar uma galinhadinha básica na balada e sentir que está quites com os homens do mundo.
– Ir ao salão, fazer tudo o que tem direito, sem se preocupar com a conta na saída.
– Ter dez pares de sapatos e dez bolsas e a certeza absoluta de que não são suficientes.
– Ter um cabelereiro bicha-confidente e uma manicure psicóloga.
– A diferença nítida entre absorvente cobertura seca e cobertura suave.
– O que fazem duas mulheres quando vão juntas ao banheiro.
– Que sapatos bonitos são desconfortáveis e sapatos feios são confortáveis. E ainda assim ficar com os bonitos.
– Ter, ao mesmo tempo, um cabelereiro fazendo seu cabelo, uma manicure fazendo sua mão, uma pedicure fazendo seu pé, a assistente 1 servindo chazinho e a assistente 2 trazendo “Caras”…
– Sair com as amigas e falar, falar, falar – com todas falando ao mesmo tempo e se entendendo.
– Ter seios e usar o decote como xeque-mate numa investida.
– Vestir cinta debaixo de um vestido pra não marcar nada e sentir ela enrolar na barriga no meio da festa.
– Ter que acordar vinte minutos mais cedo para secar o cabelo e se maquiar.
– Tomar cerveja de garrafa, assistir e discutir futebol com a maior feminilidade do mundo, ser idolatrada pelos homens e invejada pelas mulheres que não sabem o que é impedimento.
– Não saber o que é impedimento. E ter certeza de que a sua vida não vai ser pior por causa disso.
– Passar hidratante, creme para celulite, para estrias, para firmar a pele, autobronzeador, creme para a área dos olhos, creme clareador, creme com DMAE-ceramidas-vitamina C-filtro solar-células tronco. Arrematar com corretivo e base. E nunca saber qual é a ordem certa de passá-los.
– A mágica de um finalizador de cabelos.
– Sentir ódio fulminante pelo inventor do salto alto numa festa de casamento.
– Ter um feeling e ter certeza absoluta de que aquela mulher que você conheceu naquele segundo vai te dar problema.
– A diferença entre uma anabella, um agulha, um quinze, um pata-de-elefante e uma rasteirinha.
– O poder terapêutico das novelas.
– Ter um homem falando com você e olhando para os seus seios, não para os seus olhos.
– Amar o cara que inventou a escova progressiva.
– Ter amigas que simplesmente não podem ser apresentadas para o seu namorado, mas podem continuar sendo suas amigas.
– Não ter absolutamente uma roupa sequer para vestir…. na TPM.
– Empinar um pouquinho mais a bunda só porque aquele gatinho tá te olhando enquanto você faz glúteos na academia.
– Não ter o OB encaixado direito e sentir como se tivesse sentado numa pilha.
– Pegar seis horas de trânsito na estrada e não poder fazer xixi em pé.
– Sangrar por quase sete dias e não morrer.

… E odiar profundamente tudo isso e, mesmo assim, rezar pra ser mulher em todas as outras encarnações.

Cumbica

Eu, sis (Ka), namorado da sis (Oli), primo (Fa) e recém-prima (Liss), deixando mamis e titios no aeroporto:

Mami diz para mim e para a Ka: – Meninas, juízo. Comportem-se.
Eu: – Ka, a que horas vai o cara que a gente pagou pra arrastar os móveis da sala?
Ka: – Ele ficou de levar o dj Mau-Mau pra ver onde é melhor colocar o som…
Oli: – Eu já mandei imprimir os convites… “Ravie ‘Mamãe foi viajar’ – 13 dias de festa”.

ROTFL (ravie mamãe foi viajar é fooooda)
Fa: – Wooohoooooooo!!!!
Liss: – Loucura totaaaal!! Vamos fazer festival de waffle!!!!

Mamis faz cara de paisagem.
Isso é o que pós-adolescentes planejam quando os pais saem de casa. O festival de waffle já tá marcado.

Ctrl+C, Ctrl+V

Recebi a corrente bloguística da Flá. Odiava quando essas cartinhas vinham por correio, debaixo da porta e a gente tinha que xerocar ou escrever à mão. Lá em mil novecentos e bolinha… Mas em blog, é meio viciante.

Regras:
1ª) Pegar um livro próximo (PRÓXIMO, não procure);
2ª) Abra-o na página 161;
3ª) Procurar a 5ª frase completa;
4ª) Postar essa frase em seu blog;
5ª) Não escolher a melhor frase nem o melhor livro;
6ª) Repassar para outros 5 blogs.

O livro está ao meu lado, “Cem anos de solidão”, Gabriel García Marquez.

Pág. 161.
5ª frase:

“Fazia tanto tempo que não se viam que o Coronel Gerineldo Marquez se desconsertou com a agressividade daquela reação”.

Quem quiser, repassa! Ou passa!

Funny bath song

Gringo vai tomar banho e deixa recado no skype:

You need to come sing your funny bath song for me!

Querem saber qual é a música que eu canto na banheira? Hohohohohoh… Qual é a múúúúsica Pablooo?

Tá, tá… já sei. Vocês vão me mandar comer um garfo de novo.

Noite

Não fala nada, deixa tudo assim por mim                 
Eu não me importo se nós não somos bem assim
É tudo real as minhas mentiras
E assim não faz mal… e assim não me faz mal não
Noite e dia se completam, o nosso amor e ódio eternos
Eu te imagino, eu te conserto, eu faço a cena que eu
quiser
Eu tiro a roupa pra você minha maior ficção de amor

E eu te recriei, só pro meu prazer…  Só pro meu prazer.

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Sincronicidade

Senta que lá vem… post mega! 

Não sei porque a própria sincronicidade tem sido um sincronismo para mim. Então vou falar um pouco dela e a Dr. Vivi que me corrija se sair alguma asneira.
Eu me deparei com a palavra sincronicidade pela primeira vez aos 16 anos, através do livro “Anjos, mensageiros da Luz” que mencionei na Retrospectiva. O próprio fato do livro cair na minha mão já foi sincronicidade, porque eu nunca precisei tanto dele como naquela época. Por uma série de fatores. E, como eu disse, aquele livro mudou a minha vida e minha espiritualidade.
Sincronicidade foi um conceito desenvolvido por Jung para definir situações que acontecem não por acaso, mas por relação de significado. Nada mais é do que uma junção de acontecimentos que surgem de uma forma significativa para uma pessoa ou mais.
Na verdade, a sincronicidade se manifesta para absolutamente todo mundo. Mas ela necessita de atenção, percepção e compreensão. Se não, os fatos simplesmente acontecem e você nem percebe.
No livro que eu citei a autora diz que os anjos trabalham através de sincronicidade. Aí vai da crença de cada um, ainda não estudei Jung a fundo para saber se isso é produto da nossa mente, como a lei da atração, ou simplesmente uma força maior e inexplicada.
Eu tive experiências incríveis de sincronicidade nestes últimos onze anos. E acho que a mais significante dela foi o meu relacionamento.
Por algum motivo eu sempre tive uma ligação estranha com a Inglaterra, mais precisamente com a língua inglesa. Fui meio auto-didata em inglês e comecei a falar aos dez anos. Aos onze, quando ainda não sabia mais do que o básico, tive um sonho que até hoje é muito vivo na minha memória. Sonhei que estava na época medieval e eu era plebéia, trabalhava num castelo. Era diferente do que sou hoje e, mesmo tendo onze anos na época do sonho, nele eu tinha mais de vinte. Era loira, de cabelos ondulados e bem compridos, presos com uma espécie de semi-trança no alto da cabeça. Era alta e esbelta, tinha seios fartos, lembro de me sentir ligeiramente incomodada por saber que não era eu no meu próprio corpo naquele sonho. Usava um vestido bordô bem apertado na cintura, delineando bem os seios fartos. Lembro que era dia de festa no castelo e eu servia frango assado em bandejas para homens que pareciam knights. Lembro direitinho da minha “chefe” na cozinha, me passando a bandeja de frango e eu odiava o cheiro e a gordura nas minhas mãos (essa é uma característica de hoje também). Em algum momento do sonho, enquanto eu passava por um corredor de pedras escuro, iluminado por tochas, um homem muito bonito me puxava pelos braços para um canto e me beijava. Lembro do meu coração disparado e apaixonado por aquele homem. Não lembro da sua fisionomia, mas ele era alto e tinha cabelos castanhos. Vestia uma roupa bem melhor que a minha e eu sabia que nosso romance era proibido por questões de classe social. Ele tinha acabado de voltar de uma batalha. A gente se beijava e eu tinha que sair correndo, com medo de alguém nos ver. Ele voltava para o salão com os outros homens e me olhava de um modo que fazia meu estômago gelar. Como se existisse um único segredo e amor no mundo naquela época.
Acreditem ou não, sonhei esse sonho inteiro em inglês. E quando digo que a memória ainda está viva, vocês podem ver pela riqueza de detalhes. E eu tinha apenas onze anos. Nunca mais me esqueci desse sonho, principalmente por ter sido em uma língua que eu acabava de aprender… Mas é aí que está a sincronicidade.
Desde uns oito anos eu jurava pra minha mãe que casaria com um estrangeiro e moraria fora do país. Minha mãe sempre ouvia isso como uma espécie de premonição, eu era calma e ponderada quando tocava no assunto. Como se, no fundo, já soubesse.
Aos dezesseis anos cismei em fazer intercâmbio. No começo cheguei a ver para o Texas ou Tennesse (de novo os cowboys), e pretendia ficar seis meses. Ninguém na minha família tinha aberto a boca enquanto eu quase fechava o pacote. Até que numa noite minha tia ligou e disse “estou mandando sua prima para ficar um mês na Inglaterra… se você quiser ir junto, eu pago”. Eu quase surtei. Tinha que decidir entre o meu sonho de morar nos EUA e fazer um intercâmbio decente de seis meses entre homens sarados e vestidos de cowboy, ou um mês num cursinho de verão na Inglaterra. Até hoje não sei bem porque decidi ir para a Inglaterra.
Foi a viagem mais fantástica que já fiz. Nunca tinha ido para o Reino Unido, mas sentia uma coisa diferente. Uma espécie de magnetismo que, como um imã, me atraía. Tinha muitas sensações de deja-vu. Na hora de voltar para o Brasil, eu chorava insandecidamente, como se tivessem tirando uma parte de mim.
Voltei, mas nunca tirei da cabeça o fato de que, por algum motivo, eu ainda voltaria para lá. Dizia para todo mundo que moraria na Inglaterra.
Alguns anos se passaram, apareceu a tal cartomante que me disse que eu me casaria com um estrangeiro, alto, de cabelos castanhos e olhos verdes puxadinhos, seis anos mais velho que eu. Como disse em outro post, transferi tudo para o Italiano que eu tinha conhecido na viagem, achando que poderia ser ele. Ela também havia dito para a minha mãe que eu iria embora.
Aos 22, eu estava com as malas prontas para passar o carnaval em Salvador. Minha amiga usava o ICQ e me encheu o saco para eu instalá-lo no trabalho. Eu não usava o ICQ desde os 16 anos mas resolvi testar, não tinha muito trabalho naquele dia. Coloquei ela na lista e ela não falou comigo. Resolvi então procurar alguém para teclar e pensei “que tal treinar meu inglês”… Digitei “homem (porque também não sou retardada), entre 23 e 28 anos, Reino Unido”. Juro que só apareceu o nome dele na lista online…. quem usou o ICQ um dia sabe que isso é praticamente impossível.
Achei o nome bonito e resolvi tentar uma conversa. Começamos às 8:30 da manhã do Brasil e terminamos de falar às 18h, na hora em que eu fui embora. A conversa fluiu de um jeito que parecia que ele era meu melhor amigo, de infância! Nunca me esqueço que logo nesse dia ele disse “porque você não vem pra Inglaterra e se casa comigo?”.
Eu o achava meio louco mas, não sabia dizer porque, não conseguia mais ficar muito tempo sem falar com ele. Cinco dias depois fui para Salvador e, mesmo lá, pensava como seria divertido se meu amigo virtual estivesse lá.
As conversas começaram a se estender do trabalho para o computador de casa, depois das 18h. Do computador para o telefone. E nessa, haviam se passado dois meses e eu sem ver uma foto dele sequer.
Um dia ele me mandou uma foto. E, podem achar que é brincadeira, ele era simplesmente igual ao meu pai, que faleceu quando eu tinha dois anos. Até hoje as pessoas se espantam com a semelhança. E, como se não bastasse, tem a personalidade do meu avô, que foi meu pai a vida inteira e faleceu no ano em que conheci o meu marido.
Tentei resumir aqui dezessete anos do que, eu acredito, teria sido a maior sincronicidade da minha vida até hoje. Muitas pessoas podem achar que é lei da atração, “o segredo”, acaso, coincidência. Eu acredito em destino. E acredito nos sinais e insights que nos guiam até o nosso destino. E eles podem não ter explicação nenhuma, podem ser coisa de Deus, dos anjos, enfim… para mim é sincronicidade. O universo conspirando a favor de um destino e mandando “dicas” através do sincronismo. E como eu digo no meu orkut… de nada vale “o segredo”, se não prestarmos atenção à sincronicidade. Porque sem ela, não chegamos a lugar nenhum.
Uuuufffffff, post longo…